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Jonas, goleiro do Santa Quitéria, se transformou no Rogério Ceni da Suburbana após marcar gols nas duas últimas rodadas do campeonato: “Fico olhando ele jogar, o jeito da batida na bola” | Marco Lima/ Gazeta do Povo
Jonas, goleiro do Santa Quitéria, se transformou no Rogério Ceni da Suburbana após marcar gols nas duas últimas rodadas do campeonato: “Fico olhando ele jogar, o jeito da batida na bola”| Foto: Marco Lima/ Gazeta do Povo

O Santa Quitéria ganhou um reforço para o ataque. O curioso é que ele já está no clube há cinco anos, mas só marcou o primeiro gol há menos de 15 dias. A explicação, porém, é simples: esse novo "artilheiro" é o goleiro do time.

Ao anotar gols decisivos contra o Trieste e o Bairro Alto nas duas últimas rodadas, o arqueiro Jonas se tornou sensação no torneio amador e já ganhou o apelido de ‘Rogério Ceni da Su­­burbana’.

A comparação imediata com o goleiro do São Paulo foi inevitável. Apesar de ser palmeirense, a inspiração na cobrança das faltas é mesmo Ceni.

"Fico olhando ele jogar, o jeito da batida e isso dá gosto. Todo goleiro quer fazer gol e eu não sou diferente", comenta o camisa 1 do Quitéria. Por causa da obsessão, ele é o primeiro a chegar e o último a sair dos treinos, assim como a inspiração são-paulina.

Só que bater faltas não é coisa nova para o jogador de 25 anos. Desde a época de juniores gostava de infernizar o goleiro adversário, mas somente nos treinamentos. Tanto esperou que, enfim, neste ano teve a chance de cobrar para valer, graças à ajudinha do treinador do time, Ju­­ran­­dir Senna, o Jura.

"Os técnicos anteriores não tinham coragem de deixar eu bater no jogo. Mas esse ano o Jura chegou e me deu moral, aí comecei a pegar confiança. Já bati três e fiz dois gols até agora", disse Jonas, lembrando do aproveitamento de mais de 60%.

O ousado defensor começou a jogar futebol aos 10 anos no Pa­­raná, nas categorias mirim e juvenil. Foi para o J. Malucelli (hoje Corinthians-PR), onde não teve chances. Foi então parar no Santa Quitéria, ainda entre os juniores. O futebol ficou pelo amador e o trabalho de eletricista na empresa do pai segue até hoje.

Segundo ele, não foi para o profissional por detalhe. Faltou apenas um bom empresário. "O futebol hoje não é só talento. Tem que ter pessoas que conheçam [este meio]. Eu não fui feliz no futebol por isso", lamenta, mesmo garantindo que não ficou o sentimento de frustração.

O sucesso, claro, é limitado, mas mesmo assim já tem sentido a fama de goleiro-artilheiro. "Estava jogando em um campo de sintético e um senhor veio me cumprimentar, dar os parabéns pelos gols. É gratificante que as pessoas me reconheçam", comemora o camisa 1.

Quem vai temer as cobranças de falta de Jonas na rodada de hoje é o Vila Hauer, que recebe o líder Santa Quitéria pela 5.ª rodada da segunda fase no Grupo B. No mesmo grupo, o Bairro Alto encara o vice-líder Trieste. Pelo grupo A, o vice Urano pega o líder Iguaçu, enquanto o Combate Barreirinha visita o lanterna Nova Orleans. Todos os jogos começam às 15h30.

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