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A organizada Fúria Independente (ao fundo) invadiu o treino na terça-feira e ontem pediu a cabeça do técnico Velloso e de alguns jogadores | Pedro Serápio/Gazeta do Povo
A organizada Fúria Independente (ao fundo) invadiu o treino na terça-feira e ontem pediu a cabeça do técnico Velloso e de alguns jogadores| Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo

Paraná 1 x 1 Fortaleza - A crise parece não ter fim na Vila Capanema. Mero participante das duas rodadas finais do Campeonato Paranaense, o Paraná está fora também da Copa do Brasil, consequência do empate por 1 a 1 com o Fortaleza, ontem, dentro de casa. O time cearense pega o Flamengo nas oitavas de final.

A eliminação deve acentuar ainda mais a tensão dentro do clube, transformado em um barril de pólvora na terça-feira, quando 50 integrantes da organizada Fúria Independente invadiram o campo e interromperam o treinamento da equipe. A diretoria promete um profundo e rápido processo de reavaliação do grupo atual, e nem o técnico Wágner Velloso está garantido.

"Vamos ter um espaço até o Brasileiro para fazer uma grande análise. Um tempo curto para trazer novos atletas, dar um padrão ao time e conseguir a recuperação no futuro. Infelizmente, esse grupo que está aí demorou muito para conseguir um padrão", disse Márcio Villela, vice-presidente de futebol do Paraná. "Estamos realmente em uma situação muito difícil. Lutamos, brigamos, mas em uma infelicidade tomamos o gol de empate. Agora é pensar na Série B", reforçou o volante Agenor.

Ele foi o protagonista do jogo, para o bem e para o mal. Primeiro, marcou o gol paranista. Em cobrança de falta de Thiago Araújo, cabeceou bem para o fundo das redes, aos 43 minutos do primeiro tempo, repetindo a única jogada ensaida do time na temporada. Porém, acabou ajeitando a bola para o empate, anotado por Bambam, aos 32 minutos da etapa final.

Resultado ruim que, naturalmente, fez engrossar a cobrança. Sobrou para todo mundo. Principalmente, para o técnico Wágner Velloso e a diretoria. A torcida pediu a cabeça do treinador.

"A gente nunca sabe se vai permanecer ou não. No futebol é sempre assim. Pode ter certeza de que a diretoria também está se avaliando", afirmou o treinador.

Dos jogadores, Lenílson e Leandro foram os grandes alvos dos paranistas. O meia foi muito vaiado ao ser substituído. O zagueiro, por relacionar a desclassificação à ação dos integrantes da uniformizada no dia anterior. Por fim, sobrou até para os jogadores não relacionados, xingados no setor social do estádio.

Pressão e desconfiança que não têm data para acabar. Vão durar, pelo menos, até o início da Segunda Divisão. Após atuar contra o Iraty e o J. Malucelli, confrontos que restam no regional, o Tricolor estreará pelo Nacional diante do Bahia, dia 9 de maio, em Salvador. Provavelmente com um time bem diferente, talvez com um novo treinador.

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Em Curitiba

Paraná

Rodolfo; João Paulo, Leandro e Jonathas; Thiago Araújo, Agenor, Edimar, Lenílson (Bruninho) e Fabinho (Peterson); Danielzinho (Maicon) e Wando

Técnico: Wágner Velloso

Fortaleza

Douglas; Gilmak, Silvio, Édson e Guto; Álvaro (Eusébio), Coutinho, Bismarck (Julio) e Rodrigo Mendes (Sidnei); Wanderley e Bambam

Técnico: Mirandinha

Estádio: Vila Capanema. Árbitro: Alício Pena Júnior (MG). Gols: Agenor (P), aos 43/1º; Bambam, aos 32/2º. Amarelos: Agenor, Edimar, Fabinho e Bruninho (P); Guto, Édson, Bismarck e Gilmak (F). Renda: R$ 27.721,00. Público pagante: 1.910 (2.151 total)

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