Como bem disse Mano Menezes, o Grêmio viverá dentro de poucos dias o encerramento de um ciclo. O grupo que tirou o clube gaúcho da Segundona para colocá-lo em uma final de Libertadores ficará restrito à memória dos torcedores. Em 2008, nascerá um novo Tricolor. E as mudanças não devem se resumir aos atletas. Elas podem abraçar também a diretoria e certamente terão reflexo na comissão técnica. Confira, em cada setor do clube, o que deve mudar.
Presidência: Paulo Odone estuda a possibilidade de renunciar ao cargo até o final do ano para assumir o comando da Grêmio Empreendimentos, empresa criada para gerir a construção da Arena tricolor. Se renunciar, Odone abrirá a necessidade de novas eleições - exceto se ficar no cargo até o início do ano que vem, quando poderia indicar um de seus vices ao cargo. Resumo: o Grêmio pode ter um novo presidente em 2008.
Diretoria de futebol: Paulo Pelaipe, chateado com a suspensão de um ano pelo STJD, chegou a pensar em deixar o comando do futebol do Grêmio, mas não deve acontecer. É provável que ele siga no cargo, acompanhado de Rodrigo Caetano.
Comissão técnica: Mano Menezes sairá. A decisão será oficializada na semana que vem. As permanências do preparador físico Flávio Trevisan e do auxiliar técnico Sidnei Lobo também são incertas. Os demais integrantes da comissão técnica devem seguir no clube.
Jogadores: muitos sairão. Com contrato encerrado no fim do ano, Galatto, Patrício, Sandro Goiano, Gavilán, Diego Souza, Luciano Marreta e Marcel devem deixar o clube. A diretoria tem interesse em renovar com Saja, Tcheco e Tuta. Diego Souza também ficaria, se dependesse do Grêmio, mas é um jogador caro demais. Deve ir para o São Paulo ou para o futebol europeu.
Caso o Grêmio consiga novamente ir contra todas as probabilidades e garanta vaga na Libertadores, o cenário muda. Aí até Mano Menezes pode ficar.