O Paraná enfrenta hoje um adversário duplo na caminhada rumo à Série A. No gramado da Vila Capanema, o América-MG. Fora dele, o horário ingrato das 21h50. Sempre que a CBF agendou compromissos assim, o Tricolor sofreu com público baixo e renda ruim.
Em 12 partidas em Curitiba pela competição, foram três jogos na "calada da noite". Vitórias sobre ASA (1 a 0) e Paysandu (3 a 1) e empate com o Joinville (1 a 1). A média de público atingiu somente 3.987 torcedores e a de renda R$ 70.393 ou 11.961 pessoas e R$ 211.181.
Na comparação com a "faixa nobre" da Segundona, a diferença é gritante. Foram cinco partidas nos sábados, às 16h20: triunfos sobre Figueirense (1 a 0), Ceará (3 a 0), Sport (1 a 0), Guaratinguetá (4 a 0) e ABC (1 a 0). Média de público de 8.663 e de renda de R$ 185.723.
Só o duelo com o Sport foi suficiente para garantir ao Paraná mais torcida e grana que a soma dos três confrontos depois da novela. Compareceram ao Durival Britto no dia 24 de agosto 12.295 torcedores, número que representou uma arrecadação de R$ 277. 875 um reforço de caixa importante para um clube que se acostumou com problemas financeiros.
Os jogadores reconhecem que as condições são as piores possíveis para o público ir ao estádio. Ainda mais no clima cruel de Curitiba a previsão para amanhã, de acordo com o Simepar, é de chuva, com temperatura máxima de 23ºC e mínima de 13ºC.
Ruim para o torcedor, o horário também prejudica os atletas. "Ninguém gosta. Pode perguntar, todos vão reclamar. Você fica o dia inteiro quase sem atividade no hotel, é um desgaste, cansa de não fazer nada. Acho melhor 19h30, todo mundo saindo do trabalho pode ir ao jogo. Mas é a CBF que impõe, temos de acatar", comenta o meia Fernando Gabriel.
Apesar disso, os paranistas esperam começar a reverter hoje o histórico negativo. Até porque, na rodada seguinte, marcada para sexta-feira, o Tricolor encara o Avaí no mesmo horário. "Precisamos que o torcedor venha nos apoiar. É um momento crucial da competição. Quem sabe assim possamos comemorar juntos ao final do ano", sentencia o volante Édson Sitta.
Sem contar com o atacante Reinaldo, poupado, o Tricolor tem apenas uma dúvida para jogar com o Coelho. Brigam pela posição JJ Morales, Kayke e Léo.
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