A Futpar (Associação das Entidades de Prática de Futebol Profissional do Estado do Paraná) anunciou na manhã desta quinta-feira que vai apresentar uma proposta para acabar com o supermando na segunda fase do Campeonato Paranaense. Participaram do encontro representantes de 10 clubes, inclusive do Coritiba, que no início do ano anunciou o desligamento da Futpar.

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A intenção da entidade é convencer todos os 14 clubes participantes do Estadual 2010 de aprovar a primeira versão da tabela da 2ª fase da competição, divulgada pela Federação Paranaense de Futebol (FPF), em novembro 2008. Na tabela, que não chegou a ser usada por causa de divergências com a grade de programação da TV, distribuía o mando de campo da seguinte maneira: Do primeiro ao quarto colocado na primeira fase tinham quatro mandos de campo e três partidas como visitantes. Do quinto ao oitavo, três em casa e quatro fora.

A proposta será apresentada no arbitral do Campeonato Paranaense nesta sexta-feira. Se houver aprovação, a nova tabela da segunda fase precisaria de 30 dias para ser homologada. Diferente dos outros anos, o arbitral está sendo realizado de portas fechadas. A imprensa ficou do lado de fora da sala de reunião da FPF.

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Entenda o supermando

O polêmico artigo 9º do regulamento diz exatamente o seguinte: Art. 9º - Na segunda fase do campeonato, as 8 (oito) EPD (Entidade de Práticas Desportistas) classificadas se enfrentam em turno único, com mando de campo da EPD que teve melhor classificação geral na fase anterior do campeonato.

A parte negritada originou toda a polêmica. Para a FPF, durante o arbitral do campeonato daquele ano, realizado em 2008, os clubes entenderam que na fase final os times de melhor campanha teriam um mando a mais que os demais. Ou seja, os quatro primeiros colocados teriam quatro mandos na fase final, contra três mandos dos quatro times restantes (do 5º ao 8º).

O problema é que literalmente o artigo fala que o primeiro colocado terá os mandos, provocando um "efeito cascata" para os demais. Isso quer dizer que o 2º colocado teria todos os mandos, menos contra o 1º, o 3º ficaria com cinco mandos (menos contra o 1º e o 2º), e assim por diante, com o 8º colocado não tendo nenhum mando, pois teve campanha pior que os seus adversários.

O Atlético contestou o artigo durante o campeonato e tentou deixar a situação mais clara, evitando que o 1º colocado ficasse com todos os mandos. A FPF teria ignorado a questão, que no final acabou em toda essa polêmica.

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