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Enquanto o novo treinador não chega, o interino Ageu Gonçalves tenta recuperar o combalido Paraná no Tocantins | Walter Alves/ Gazeta do Povo
Enquanto o novo treinador não chega, o interino Ageu Gonçalves tenta recuperar o combalido Paraná no Tocantins| Foto: Walter Alves/ Gazeta do Povo

Gurupi x Paraná

Gurupi, 21h

Gurupi: Santos; Cleitinho, Madeira, Leivinha e Fabinho; Tássio, Chocolate, Wellington e Wallison; Warley e Kesley. Técnico: Luís Carlos Nascimento.

Paraná: Jociel; Paulo Henrique, Rafael Vaz, Rodrigo Defendi e Henrique; Luiz Henrique Camargo, Serginho, Douglas Packer e Tito; Diego e Kelvin. Técnico: Ageu Gonçalves (interino).

Estádio: Gilberto Resende Rocha (Resendão). Árbitro: Rodrigo Batista Raposo (DF). Auxs.: Luciano Benevides de Sousa (DF) e João Antônio Sousa Paulo Neto (DF).

"Não é fácil ganhar de uma equipe dessas"

Se o Gurupi abusa da precaução, a atitude do Paraná não é muito diferente. Um tropeço diante do desconhecido time de Tocantins serviria para coroar o péssimo momento do Tricolor. Para evitar o vexame, o interino Ageu Gon­­çalves irá priorizar a defesa. "Jo­­gando fora de casa é importante não tomar gols. Vamos com uma equipe para atingir esse ob­­jetivo. Teremos equilíbrio defensivo e, quem sabe, podemos fazer os gols para não termos a segunda partida", disse o técnico.

Apesar das dificuldades, o treinador disse que conseguiu algumas informações sobre o misterioso Camaleão do Sul, apelido do oponente de hoje à noite. "Procurei jogadores e treinadores, que me passaram alguns dados. Po­­de­­mos esperar de tudo. Não é fácil chegar lá e vencer uma equipe dessas", destacou o cauteloso Ageu, que, devido à morosidade da diretoria para anunciar o no­­me do substituto de Roberto Cavalo, segue dando as orientações ao time.

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Uma viagem de quase 2 mil quilômetros para tentar, ao me­­nos, amenizar a péssima fase. O Paraná estreia hoje, às 21 horas, na Copa do Brasil diante do desconhecido Gurupi, em Tocantins, buscando esquecer um pouco do pesadelo que atormenta o clube nesta temporada – é o lanterna do Cam­peo­nato Paranaense com míseros dois pontos.

A competição nacional é mesmo uma boa oportunidade para o Tricolor tentar recuperar o moral. Pela primeira vez em 2011, o time, ainda sem vencer no ano, entra em campo como favorito e respeitado pelo adversário.

Atual campeão tocantinense, o Gurupi reconhece suas limitações e tem como objetivo principal conseguir realizar o jogo de volta em Curitiba, na próxima semana. Para isso, não pode ser derrotado por dois ou mais gols de diferença hoje. "O Paraná está com ritmo para o jogo e tem mais nome. Temos de jogar precavidos e tentar aproveitar os erros", recomenda o técnico do Gurupi, Luís Carlos Nascimento.

Nem o pífio retrospecto paranista no Estadual inspira uma mudança de postura. Seguindo a linha do treinador, o presidente do clube, Iran França, quer um time "fechadinho" hoje à noite. "Essa fase do Paraná não nos im­­pede de ter os pés no chão. Não vamos para cima, pois não podemos levar uma goleada", diz o dirigente.

O Gurupi é estreante na Copa do Brasil e teve de correr para conseguir a liberação de seu estádio e inscrever os jogadores a tempo. Du­­rante a pré-temporada, a equipe do Sul do Tocantins realizou três amistosos contra times amadores da região – os profissionais ainda estavam de férias. O último teste previsto era contra um combinado do curso de Medicina da Fa­­culdade de Gurupi, mas acabou cancelado por causa da chuva na região.

Diante deste contexto, o discurso de respeito ao Paraná é padrão, mas nem sempre foi assim. Logo após o sorteio que definiu a primeira rodada da Copa do Brasil, em dezembro, o então presidente Wilson Cas­tilho não escondeu a de­­cepção por ter o Tricolor como oponente – o dirigente chegou a en­­viar um ofício para a CBF pedindo a presença de um clube da Série A na cidade. "O Paraná não é um time de tanta expressão. Vamos trabalhar para tentar passar para a se­­gunda fase", declarou ele, à época, a um jornal local.

O atual mandatário tenta mi­­nimizar a polêmica declaração. "De forma alguma [existe de­­cepção]. O Paraná está entre os grandes do Brasil e teremos um bom jogo aqui", declarou Fran­­ça, como quem pede desculpas.

Apesar de o favoritismo es­­tar do outro lado, o presidente do Gurupi revela um sonho: um possível confronto com o Bo­­tafogo na segunda fase da Copa do Brasil. "Eu sou botafoguense e quero muito isso, mas, se acontecer, torço para o Gurupi."

Ao vivo

Gurupi x Paraná, às 21 horas, na 98FM (98,9) e no tempo real da Gazeta do Povo.

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