Alex Afonso fez o seu primeiro gol como profissional há dez anos, contra o Atlético, e tem experiência na Série B| Foto: Priscila Forone/Gazeta do Povo

Tricolores

"Não me procuraram"

Um dos quatro atletas com o contrato encerrando em maio, Danielzinho ainda não foi procurado pela diretoria paranista para uma renovação, apesar de o vice-presidente Márcio Villela ter dito que estava tudo encaminhado. Mas o atacante acredita que assim é melhor. "Eu fico com a cabeça tranquila e pensando só no jogo", justificou.

Veio, mas não joga

Léo Rocha, irmão de criação do coxa-branca Carlinhos Paraíba, está treinando na Vila Capanema, mas não deve vestir a camisa tricolor. Segundo o gerente de futebol, Beto Amorim, a vinda do jogador faz parte de um favor para um investidor que já contribuiu muito com o clube. O objetivo é facilitar a transferência de Léo Rocha do exterior para o Brasil. "Ele não está nem sendo avaliado. Deve ficar três meses aqui e dificilmente jogará pelo Paraná", afirmou o dirigente.

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A diretoria paranista continua procurando alguém que coloque a bola na rede e ajude o Tricolor a vencer a Série B. Para isso vale apresentar em experientes e novatos, como indicou a apresentação dos dois primeiros reforços para a Segundona, ontem. Por isso ontem ela apresentou dois extremos: um atacante experiente e um novato. Alex Afonso, 28 anos, e Igor, 19, pretendem ajudar o Paraná no Brasileiro, mas sabem que a cobrança será grande graças ao segundo ano do clube na divisão intermediária.

"É normal, em todo lugar é assim. Os atacantes carregam a pressão para fazer os gols", assumiu Alex Afonso. O atleta começou na Portuguesa e tem uma história curiosa relacionada ao futebol paranaense. "Fiz o meu primeiro gol como profissional em 99, na seletiva da Libertadores, contra o Atlético (3 a 1 para a Lusa, dia 19/11/99, no Canindé). É uma lembrança boa contra o agora rival", comemorou.

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Com passagens ainda pelo futebol português e por outras equipes de São Paulo, Alex Afonso estava no Ituano, onde marcou sete gols no Paulista. "Estou em um momento feliz da minha vida, no último ano joguei 66 das 70 partidas sem me machucar. Quero aproveitar esta oportunidade", garantiu. "Já disputei a Série B pelo Guarani e o Marília. É um campeonato difícil, tem que ter um elenco bom para superar as lesões", complementou o jogador, que só não ficará à disposição contra o Fortaleza porque o registro na CBF não deve ficar pronto a tempo. Por causa do feriado, a entidade volta a funcionar amanhã.

O outro atacante apresentado ontem não tem a mesma experiência. Na verdade, Igor não estará disponível para o técnico Velloso nos próximos três meses. O jovem trazido do Mixto-MT ficará na equipe júnior, reforçando a parte física e técnica. "Não tive a chance de fazer a base em um time grande. Agora é trabalhar e aprimorar ainda mais para a Série B", afirmou o atleta, que marcou seis gols no campeonato mato-grossense e tem um contrato de quatro anos com o Tricolor.

Porém, antes que os dois possam atuar, a missão de ter de fazer os gols contra o Fortaleza amanhã deve ficar com Danielzinho. Autor do tento na derrota no Ceará, o atleta deve estrear na Vila Capanema no lugar de Wellington Silva. O artilheiro do time se recuperou da lesão, mas pegou uma forte gripe e provavelmente ficará de fora.

Após ter visto a derrocada paranista no Estadual das arquibancadas, o jogador confirma que o grupo se abateu com o revés. "Sentir, todos sentem, pelo fato de sermos homens. Mas na derrota se apreende muito e temos que levar este aprendizado para o jogo de quarta-feira (amanhã), para que a eliminação no Paranaense também não ocorra na Copa do Brasil", lembrou o provável camisa 9 do momento.