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Fernandinho disputa a bola com o atleticano Maranhão: armador tricolor levou o terceiro cartão amarelo e não enfrenta o Guarani na terça-feira | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Fernandinho disputa a bola com o atleticano Maranhão: armador tricolor levou o terceiro cartão amarelo e não enfrenta o Guarani na terça-feira| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Vestiário

Ricardinho perde três ‘intocáveis’ para o recomeço paranista

Flávio Bernardes, especial para a Gazeta do Povo

Nem bem havia terminado o clássico contra o Atlético ontem e Ricardinho já tinha motivos de sobra para se preocupar. Além da derrota para o Furacão (2 a 1), repetindo o fraco desempenho dos últimos jogos, três dos "intocáveis" no elenco estão fora da próxima rodada. Suspensos pelo terceiro cartão amarelo, Fernandinho, Lúcio Flávio e Arthur – os dois últimos levaram o amarelo ontem por reclamação – não enfrentam o Guarani, em Campinas, na terça-feira.

Apesar das baixas consideráveis, Ricardinho preferiu manter o discurso usual de dar crédito a quem vai entrar. "Enalteço a presença, a ausência já está aí, não tem como mudar. O ideal é que estivessem em condições, mas não estão. Vamos buscar as peças para substituir", disse.

Sobre o revés no clássico, o técnico reconheceu que o Atlético mereceu o resultado, criticando muito a – falta de – marcação paranista na partida. "O Atlético marcou a saída de bola, o que não fizemos. Não marcamos bem. E, no segundo tempo, mesmo mudando algumas peças, não conseguimos criar as jogadas", resumiu.

Sobe e desce

Sobe - Manoel

O zagueiro continua em alta, sendo um dos pilares da recuperação atleticana nesta Série B. Ontem, foi o melhor jogador do clássico, não deu espaços para o Paraná e ajudou o Furacão a conquistar a quarta vitória consecutiva.

Desce - Ricardinho

O técnico testou no clássico de ontem a quarta formação diferente para o ataque em cinco partidas. As mudanças não funcionaram e o rendimento do Paraná, mais uma vez, ficou abaixo do esperado. O Tricolor já está há três rodadas sem vencer. Retrospecto ruim que precisa ser revertido se o Tricolor ainda pensa em trocar a Série B pela A nesta temporada.

O técnico Ricardo Drubscky bateu o pé e quase implorou para continuar no comando do Atlético nesta Série B. O pedido especial à diretoria atleticana foi ouvido e, até segunda ordem, ele é o treinador de fato. Aliás, o mineiro coleciona argumentos para ganhar o respeito até do torcedor mais desconfiado. Com quatro vitórias consecutivas, ele recolocou o time nos trilhos, projetando um novo segundo turno para o Rubro-Negro, que já se lança como pretendente a entrar no G4 – está a apenas dois pontos do São Caetano, que fecha o grupo.

Com um time formado essencialmente pelo antecessor Jorginho, Drubscky preferiu não mudar muito e dar continuidade ao que estava sendo feito. Deu certo. Mas, mesmo assim, o técnico mesmo garante que houve uma melhora no desempenho dos comandados, especialmente nas últimas quatro partidas. Mérito, segundo ele, dos jogadores.

"[O time] evoluiu muito. A nossa comissão encontrou um grupo com muita energia para trabalhar. E só nós que estamos ali no dia a dia que vemos o quanto os jogadores brigam, demonstrando isso em campo [hoje], exatamente num clássico", disse ele, dividindo as honras.

Só que apesar de elogiar os atletas, o "professor" Drubscky não perdeu a oportunidade para fazer cobranças, principalmente no quesito finalizações. É nisso que o Furacão tem pecado mais e deixado os jogos com aquele clima de tensão para o torcedor. Não por acaso que nos últimos três duelos só conseguiu ganhar com a vantagem mínima – 1 a 0 contra ASA e Criciúma e o 2 a 1 de ontem sobre o Paraná.

"A falta de gols me deixa um pouco preocupado. Mas isso vem com tempo e trabalho. Hoje [ontem] poderíamos ter matado o jogo. Tivemos uns cinco ou seis lances de contra-ataque e, se tivéssemos sido um pouco mais tranquilos, poderíamos ter matado o jogo e ter tido menos sofrimento", explicou.

Até por essa razão foi cauteloso a qualificar a atuação do Atlético na partida da Vila Capanema. Segundo ele, faltou apenas mais atenção durante os 90 minutos. "Não vou classificar a partida como perfeita. Recuamos e sofremos um pouco. Hoje [ontem] não foi o jogo que desenhamos. Para isso, precisamos ter o domínio o jogo inteiro", completou Drubscky.

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