Pelé posa com Lin Hao na Cidade Proibida: ex-jogador convidou os chineses a estarem no Rio em 2016.| Foto: Washington Alves/ COB

Pelé se encontrou com Lin Hao, 9 anos, o garotinho herói do terremoto de Sichuan, numa cerimônia simples, mal organizada, mas emocionante. O local escolhido para o evento foi a Cidade Proibida, um conjunto de palácios onde morou a família imperial chinesa.

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Lin Hao virou herói ao salvar dois colegas que estavam soterrados na escola primária onde estuda, na cidade de Wenchuan, epicentro do terremoto que matou 69 mil pessoas em maio.

Ele estava na sala de aula, com outras 30 crianças, durante o terremoto. Só dez conseguiram fugir. Lin voltou à sala para salvar os colegas, um menino e uma menina, apesar de seus múltiplos ferimentos. Ele foi homenageado pelo governo chinês como "herói do resgate no terremoto’’.

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Na verdade, o encontro, uma espécie de ação de solidariedade, serviu de divulgação em mão dupla para a China, promotora da Olimpíada, e para a candidatura do Brasil.

"Espero vê-los no Rio na Olimpíada de 2016’’, finalizou Pelé em sua saudação ao microfone, cercado por crianças chinesas. Falou também que se sentia honrado por ter parado de jogar e ainda ser lembrado. E completou: "Vamos chegar lᒒ, em alusão a 2016.

O brasileiro carregou Huan no colo e posou para fotos. O menino estava vestido com a camisa da seleção brasileira de futebol, assinada por Pelé momentos antes.

Carlos Osório, vice do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e presidente da candidatura Rio-2016, foi quem pediu para o garoto vestir a camiseta do Brasil. Pelé assinou também várias bolas.

O porta-voz da candidatura do Rio, Ingo Ostrovsky, assegurou que o evento e o convite partiram dos chineses, aproveitando a estada de Pelé em Pequim, sem conseguir citar os responsáveis. Ainda segundo Ostrovsky, a TV estatal chinesa também teria colaborado na promoção. Na época do terremoto, a TV não divulgou a violência e as mortes.

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Segundo o próprio Pelé disse dias antes, ele está na China como uma espécie de embaixador da candidatura do Rio, mas prefere o termo "voluntário’’. Ostrovsky lembrou que o ex-jogador esteve em contato com vários dirigentes do Comitê Olímpico Internacional, inclusive com o presidente da entidade, Jacques Rogge, e com o presidente da Fifa, Joseph Blatter.