Faltando apenas quatro meses para a disputa da Eurocopa, Fabio Capello deixou nesta quarta-feira o cargo de técnico da seleção da Inglaterra. O italiano pediu demissão por discordar da decisão da FA (Federação Inglesa de futebol, na sigla em inglês) de remover o zagueiro John Terry, acusado de racismo, da posição de capitão da equipe.
A saída de Capello, cujo contrato expiraria ao fim da Eurocopa, foi sacramentada em reunião de uma hora com dirigentes da FA, que aceitaram seu pedido de demissão. Membros da entidade já haviam demonstrado irritação com as críticas públicas do técnico à decisão de "cassar" o status de capitão de Terry.
Em comunicado oficial, o presidente da FA, David Bernstein, foi diplomático e elogiou o trabalho de Capello. "Quero destacar que durante esta reunião e durante todo o tempo em que comandou a Inglaterra, Fabio teve uma conduta extremamente profissional. Aceitamos a demissão de Fabio e concordamos com sua decisão", afirmou o dirigente.
A divergência entre as duas partes teve início na sexta-feira, quando a FA anunciou que Terry perderia o status de capitão até que fosse julgado pela Justiça comum - a decisão só sairá após o fim da Eurocopa. O jogador do Chelsea é acusado de ter proferido insultos raciais a Anton Ferdinand na derrota do seu time para o Queens Park Rangers, em outubro, pelo Campeonato Inglês.
Capello, que não foi consultado sobre a decisão, discordou da FA ao alegar que o jogador era inocente até que a Justiça anunciasse uma eventual condenação. A crítica pública, em uma entrevista a um canal italiano, aumentou o atrito com a federação, o que gerou seu pedido de demissão.
Após a reunião desta quarta, a FA avisou que seus dirigentes darão uma entrevista coletiva na quinta-feira, no Estádio de Wembley. A entidade deverá anunciar o substituto de Capello, que comandou a Inglaterra nos últimos quatro anos. Cotado para assumir o lugar do italiano ao fim da Eurocopa, o técnico do Tottenham, Harry Redknapp, poderá antecipar sua transferência.
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