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 | Valterci Santos/ Gazeta do Povo
| Foto: Valterci Santos/ Gazeta do Povo

Atleticanas

Copa 2014

O governo federal anunciou ontem que vai conceder benefícios fiscais para a construção e reforma dos estádios que abrigarão os jogos da Copa de 2014. De acordo com comunicado do ministro Guido Mantega (Fazenda), Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Cuiabá, Manaus, Fortaleza, Salvador, Recife e Natal poderão conceder isenção de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) nas operações com mercadorias e bens destinados à construção, ampliação, reforma ou modernização de estádios para a Copa. Além disso, o governo federal vai desonerar os estádios-sede do campeonato mundial do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), PIS/Cofins e Imposto de Importação.

A noite insone foi a justificativa de Ocimar Bolicenho para o semblante abatido de ontem. Já o ar preocupado após a sexta partida sem vitória está bem mais difícil de ser resolvido. O empate (2 a 2) diante do Guarani, na estreia da equipe em casa, deu eco aos receios da torcida quanto à sequên­cia da equipe no Brasileiro. Preocupação imensa mesmo internamente. "Se não tivermos as três contratações que precisamos, não teremos um futuro feliz", admitiu o diretor de futebol, ontem à tarde, em rara aparição na Arena.

Dos quatro atletas pretendidos pelo clube, apenas o meia Bran­quinho acertou. A demora para sacramentar a vinda dos restantes gerou cobranças nas arquibancadas e pautou boa parte da reunião ordinária dos conselheiros ontem com o presidente Marcos Malucelli. Todos exigem urgência.

"Estamos fazendo todo o possível. É nossa prioridade máxima", admitiu o diretor de futebol, que se tornou um alvo das críticas. "Vem tudo pra cima de mim. Sou o primeiro volante", comparou, com um pouco de descontração, para depois admitir a tensão. "O momento é nebuloso. Tenho família, dois filhos que escutam muita coisa. Desde o começo teve o fato de eu ter passado no Paraná", desabafou Bolicenho, que contaria com o respaldo da diretoria.

Hoje ele viaja novamente para tratar de reforços. Nas lista de interesse do Furacão estão nomes como Maikon Leite e Madson, do Santos. A intenção com o primeiro seria envolvê-lo em uma troca com Wallyson, com quem o Rubro-Negro discute na Justiça a prorrogação de contrato.

"Nós aceitamos a proposta que eles (Wallyson e seu procurador Flávio Anselmo) haviam feito anteriormente. Era para darem uma resposta hoje (ontem) e não deram. Não estão interessados", comentou o dirigente. Para contar com o atleta santista o clube agora precisa investir em outra linha de negociação.

Descontente no São Paulo, Washington foi um dos nomes ventilados, mas seu salário dificultaria o acerto. Do clube paulista, outro nome que interessa é o de Carlinhos Paraíba.

A falta dos jogadores pretendidos dificulta a própria análise do trabalho do técnico Leandro Niehues, também criticado pela torcida no domingo. Contra o Guarani ele não pôde contar com quatro titulares – Neto, Manoel, Paulo Baier e Bruno Mineiro – e nem com Branquinho, que deve estrear contra o Atlético-MG.

Além dos problemas em campo, o treinador citou questões políticas do clube após o empate e que teria soado mal. "Eu não estou baixando a guarda. Eu sou parceiro dessa diretoria. A gente sabe que nos bastidores existe uma briga muito ferrenha. E talvez eles (da oposição) não querem nem atingir o Leandro, mas estou sendo usado", declarou.

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