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Maringá teve recordes de bilheteria

A torcida maringaense abarrotou a caixa de e-mails da Federação Paranaense de Voleibol (FPV) pedindo a volta da equipe à Superliga. "Recebemos mais de mil mensagens. O esporte tem muito apelo na cidade. Em oito anos de participação, o time conseguiu por oito vezes as melhores médias de público", ressaltou o diretor-executivo da FPV, Olegário Stinglin Júnior, sobre o reinado da Cocamar, até 97.

Nas duas temporadas seguintes, o campeão olímpico Paulão encabeçou o projeto Maringá Vôlei, que definhou pela falta de apoio. A fiel torcida viu nas quadras atletas como Giba e Ricardinho, posteriormente consagrados na modalidade.

A confirmação das equipes na Superliga não é apenas um presente para o público e pode ter reflexo poderoso.

"Com certeza será o embrião para fortalecermos também o vôlei feminino e na temporada 2008/09 teremos uma equipe na Superliga feminina", promete Stinglin Jr. (ALM)

O Paraná interrompe oito anos de ostracismo e volta à cena do vôlei nacional em dose dupla. A partir de dezembro, Maringá, confirmado na semana passada, e Foz do Iguaçu, oficializado ontem, integrarão a elite da modalidade na disputa da Superliga Masculina.

É o fim da longa ausência e da incômoda lacuna no principal pólo do esporte. Há várias temporadas, a Região Sul é apontada como celeiro do vôlei, condição sustentada apenas pelos vizinhos Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A última aparição paranaense foi em 99, com o extinto Maringá Vôlei (leia texto ao lado).

As equipes ganharam o direito de participar graças ao convite da Confederação Brasileira de Vôlei (CBF). O calendário oficial e o número exato de participantes não foram anunciados ainda. Em princípio, a idéia é aumentar de 15 para 16 equipes.

A presença garantida movimenta os bastidores. Acostumadas ao circuito paranaense e a competições regionais – ambas estão essa semana em Toledo para os Jogos Abertos –, as equipes buscam reforços às pressas. Seis jogadores são esperados na terra das Cataratas, e entre quatro e cinco são procurados pelo Maringá.

Em comum aos representantes do estado está a jovialidade do grupo. A média na fronteira é de 23 anos, enquanto na Cidade Canção fica em torno de 22. "É uma equipe nova e precisamos contratar. Pena que muitos jogadores já estão vinculados às suas equipes, mas ainda restam alguns", explica o coordenador do projeto em Maringá, Dema da Silva, ex-jogador do Banespa e da seleção brasileira. No pacote de reforços também chegará ao Norte do estado o técnico André Donega, contratado após Blumenau desistir da competição.

O nível dos novos atletas vai depender do orçamento, modesto em ambos os times. Apesar de os valores gastos não serem anunciados, os paranaenses devem ficar no escalão inferior da Superliga, que vai de R$ 500 mil a R$ 4 milhões por edição. Até agora, os maringaenses contam com o apoio da Cesumar (Centro de Estudos de Maringá), Purity (suco da Cocamar), Unimed e Hotel Elo, além de negociar com novos parceiros.

Em Foz, também se repete o investimento universitário que alavancou o esporte especialmente entre gaúchos e catarinenses. A Uniamérica banca a maior parte dos gastos, custeados ainda por Itaipu e Super Muffato.

"Recebemos um apoio muito bacana para um projeto a longo prazo. Isso é muito importante e dá tranqüilidade para continuarmos também na outra temporada (2008/2009). Ficar entre os dez primeiro agora seria muito bom", planeja o técnico Marcos Antunes. No Maringá, a luta é para permanecer na elite, traçar planos mais ousados para as temporadas seguintes e apagar da lembrança os anos de esquecimento.

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