A partir das 20 horas desta quarta-feira (19), a seleção brasileira de futebol masculino inicia sua trajetória em busca do título nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Mas a equipe sub-20 comandada por Ney Franco terá a estreia, contra a Argentina, no Estádio Omnilife, ofuscada pela presença de Romário.
Ex-jogador e agora deputado federal, o Baixinho está no México para comentar os jogos do futebol brasileiro pela rede de televisão Record. Mesmo sem nunca ter disputado um Pan-Americano, o campeão mundial de 1994 causou enorme furor por onde passou e concedeu uma entrevista coletiva antes de seguir para o estádio localizado em Zapopán, onde acompanhou nesta terça-feira (18) o primeiro jogo da seleção brasileira feminina, também contra a Argentina.
"Eu não fui só jogador, mas um grande jogador, para começar", soltou, seguindo o modelo Romário de ser. Falou de tudo. Quase nada de Pan-Americano. Reafirmou que o Brasil está atrasado com as obras da Copa do Mundo -"Só cinco ou seis estádios estarão 100% prontos para 2014", disse -, dos escândalos no Ministério do Esporte, das exigências da Fifa no Mundial de 2014, Eliminatórias Sul-Americanas, do seu trabalho como deputado. Até falou de futebol.
Só frustrou a imprensa mexicana quando disse não estar acompanhando o Campeonato Inglês para comentar sobre as qualidades de Jávier "Chicharito" Hernandez, ídolo local, que no México, tem status de Romário.
O deputado afirmou que pediu licença de suas funções na Câmara por 15 dias para ser comentarista, abrindo mão do salário de deputado neste mês.
Romário não se furtou de comentar o desenrolar das denúncias de corrupção envolvendo o ministro do Esporte, Orlando Silva. "Se for comprovado [que recebeu propina], ele não tem mais capacidade moral de seguir no cargo", disse.
O Baixinho também refutou a possibilidade de ser o próximo mandante da pasta do ministério por ainda não ter capacidade administrativa para a função. Agradou aos argentinos ao dizer que considera Messi o melhor jogador da atualidade e deu seu pitaco sobre por que o jogador do Barcelona ainda não convenceu na seleção.
"Eu, o Maradona, o Pelé, o Ronaldo tínhamos o time jogando para nós. Os jogadores da Argentina não jogam para ele". E não deixou de se incluir na história: "Messi tem muita coisa para chegar. Tem de chegar a um Maradona, a um Romário e, depois, a Pelé".
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