O Atlético está se especializando em proporcionar jogos com muita emoção. A exemplo da vitória do último domingo, contra o Cruzeiro, a partida desta quarta-feira foi um show de emoções. O placar foi ruim para o futebol paranaense, mas o jogo foi muito bom de se ver.
Ao todo, três bicicletas jogada tradicional e criada pelo saudoso Leônidas da Silva, o "Diamante Negro", lá pelos idos dos anos 30 do século passado foram dadas nesta partida, mas "apenas" duas delas balançaram as redes no Anacleto Campanella.
A primeira foi o desfecho dos gols relâmpagos do Furacão aos 42 e 43 minutos do primeiro tempo. No bom cruzamento do ala Marcão, o meia Fabrício emendou uma bicicleta e surpreendeu o goleiro Silvio Luis. As outras duas foram promovidas pelo jogador Claudecir, da equipe do São Caetano.
A primeira chance do Azulão no 2º tempo foi através de Claudecir. Depois de uma confusão na área, a bicicleta foi dada e a bola, depois de desviar na zaga, acertou a trave rubro-negra. Na segunda chance que teve, em compensação, ele não desperdiçou. Aos 39 do 2º tempo, numa grande jogada do meia Lúcio Flávio, a bola veio na medida para o jogador Claudecir fazer um lindo gol de bicicleta.
Primeiro tempo
O jogo começou morno no Anacleto Campanella. As duas equipes entraram em campo precavidas. Tanto é verdade, que a primeira chance real de gol só aconteceu aos 15 minutos do 1º tempo. Numa bela triangulação entre Lima e Jancarlos, André Rocha arrematou de primeira para grande defesa do goleiro Sílvio Luis.
O jogo correu sem grandes jogadas. A marcação das duas equipes trabalhava bem. As jogadas até eram criadas, mas os volantes e zagueiros estavam atentos aos lances mais perigosos.
Só que justamente numa falha da marcação rubro-negra, que vinha muito bem, aos 21 minutos do primeiro tempo o lateral esquerdo Triguinho aproveitou a oportunidade. Numa jogada de inteligência, abriu espaço entre a marcação e caprichou no chute de fora da grande área que pegou o goleiro Diego de surpresa. Um golaço.
O gol não abalou os jogadores do Atlético. Sabedores do bom desempenho até aquele momento, os jogadores do Atlético mantiveram o ritmo. Aos 25 minutos, numa jogada bem trabalhada a bola foi cruzada na área e o zagueiro Thiago bateu a mão na bola. O juiz não marcou nada, apesar da reclamação rubro-negra.
As jogadas da dupla Lima e Ferreira sempre levam perigo ao gol do São Caetano. Aos 29 minutos o exemplo mais claro desse entrosamento. Um passe caprichado de Lima deixou Ferreira dentro da pequena área. Num chute forte e cruzado, a bola estourou na trave do goleirão Silvio Luis. Alguns minutos depois, aos 37, outra boa jogada de Lima para Ferreira que de dentro da grande área chutou forte e por cima das traves do Azulão.
O São Caetano pouco fez depois do gol aos 21 minutos. A pressão rubro-negra envolveu o time paulista em todos os setores do gramado. A garoa ficou forte após a metade do 1º tempo.
De tanto insistir, aos 42 o Furacão chegou ao empate. Depois da cobrança de um escanteio, uma grande confusão se formou na pequena área. O goleiro Silvio Luis saiu muito mal do gol e a bola bateu na cabeça do zagueiro Thiago do São Caetano. A trajetória da bola enganou a todos e foi para trás dos marcadores, quicou no chão e entrou no gol paulista. Gol contra para o Atlético.
Em seguida, sem tempo nem de comemorar, o Atlético alcançou a vantagem no placar. Aos 43 minutos, o gol da virada aconteceu quando o zagueiro Marcão fez um cruzamento para a grande área e o meia Fabrício, de meia-bicicleta, fez um golaço para a virada atleticana. No fim do 1º tempo, o Furacão vencia por 2 a 1.
Segundo tempo
Para a segunda etapa, o técnico Levir Culpi modificou a equipe do São Caetano. Para o lugar do meia Julio César, Claudecir foi a opção escolhida. A modificação foi apenas por questões técnicas e o esquema tático foi mantido.
Logo no re-início, a 1 minuto do 2º tempo, o lateral-direito Alessandro fez um belo chute e o goleiro Diego buscou no canto direito. Em seguida, aos 6 minutos, Triguinho fez boa jogada, dominou na grande área, mas na hora do chute foi desarmado pela marcação rubro-negra. Os jogadores do São Caetano pediram pênalti, mas não foram atendidos pelo árbitro.
Apesar de um bom desempenho até àquele momento, o meia David Ferreira fez bobagem. Cometeu uma falta boba aos 8 minutos e foi advertido com o cartão amarelo. Na seqüência, aos 11 minutos, outra falta, dessa vez violenta, rendeu ao meia atleticano o cartão vermelho.
Em seguida, aos 15 minutos da segunda etapa, o São Caetano chegou a igualdade no placar. Na cobrança de um escanteio, a bola foi ajeitada de cabeça por Richards e chegou aos pés do artilheiro Dimba. De primeira, e com categoria, colocou a bola nas redes do Atlético.
A grande chance do São Caetano no 2º tempo aconteceu aos 27 minutos. Numa bola que sobrou na grande área, Claudecir deu uma bela bicicleta, a zaga atrapalhou e a bola bateu na trave do goleiro Diego. Na sobre, Dimba chutou forte e Diego salvou a meta atleticana.
Aos 39, em linda jogada, o Azulão chegou ao terceiro gol. Depois de uma bonita troca de passes, o cruzamento de Lúcio Flávio veio para a grande área. Claudecir, que entrou no segundo tempo, armou a bicicleta e fez um golaço. Depois do gol, o meia Claudecir tirou a camisa. Como já tinha amarelo, foi expulso pelo árbitro. Grande jogo. São Caetano 3 x 2 Atlético.
Confira a ficha técnica do jogo
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”