A expulsão de Manoel contra o Operário abriu espaço no time para Gabriel, ex-Avaí| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Copa 2014

Clube pede licença para iniciar obras

O Atlético deu início ao processo da reforma da Arena visando à Copa de 2014. O clube encaminhou para a Secretaria Municipal de Meio Am­­biente o Relatório Am­­biental Prévio dos possíveis impactos que a obra provocará no entorno do estádio. O pedido de licença prévia para o início dos trabalhos foi publicado ontem no Diário Oficial do Paraná – o Rubro-Negro espera uma resposta em até 20 dias.

De acordo com o engenheiro do Furacão, Flávio Vaz, essa é mais uma etapa no processo de legalizar a reforma, que deve ter os seus pro­­jetos executivos concluídos até o fim do mês. Depois o Rubro-Ne­­gro fará o orçamento e abrirá o pro­­cesso de licitação da construtora. "Estamos trabalhando para começar em abril. Vamos ver se conseguimos passar todas as fases, se não vai ter algum problema burocrático", contou Vaz.

Apesar de o presidente Marcos Malucelli sempre afirmar que a intenção é ficar na Arena o maior tempo possível, o engenheiro do Furacão assumiu que é difícil isso acontecer. "No momento que co­­meçar a obra precisaremos de­­sativar a maior parte do estádio. É praticamente impossível trabalhar com a Arena aberta", revelou. "Nós estamos tentando postergar ao máximo o fechamento do estádio. Mas tudo indica que nós vamos ter que sair tão logo iniciem as obras", concluiu.

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Uma das principais revelações dos últimos anos no Atlético, Manoel passa por uma péssima fase desde que iniciou o ano. O mais recente capítulo foi a expulsão no jogo contra o Ope­­rário, após uma falta violenta perto do meio de campo, com o jogador do Fantasma quase caído no chão. Cartão vermelho que deve gerar uma multa ao jogador de 20 anos e que o deixará de fora do próximo confronto, no domingo, contra o Roma, na Arena. Ga­­briel, ex-Pa­­raná e ex-Avaí, deve ser o substituto, fazendo a sua primeira partida como titular.

De acordo com o gerente de futebol do Furacão, Ocimar Bolicenho, todos os atletas do grupo sabem que podem ser punidos. "Nós temos aqui uma regra que quando o jogador é expulso há uma avaliação da comissão técnica e da diretoria. Se a expulsão for julgada sem necessidade, ele já tem uma multa prevista", contou o dirigente, dizendo que a possível punição para o zagueiro será discutida internamente no clube.

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O maior destaque da equipe vice-campeã da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2009, Ma­­noel fez um bom Brasileiro no ano passado ao lado de Rhodolfo. Nesta temporada, ele aparentemente seria o "xerifão" da zaga atleticana com a possível saída do companheiro. Porém, propostas de outros clubes como In­­ternacional e Corinthians me­­xeram com o maranhense de Macabau, que chegou durante as férias a recusar voltar ao Atlético caso não fosse negociado.

Segundo seu empresário, Neco Cirne, que teria convencido o zagueiro a voltar ao clube com quem tem contrato até abril de 2014, Manoel decidiu ficar após uma conversa com o presidente rubro-negro Marcos Malucelli. Mas engana-se quem pensa que um aumento salarial foi o que motivou o atleta. "Ficou acertado com o presidente de que no final do ano ele o liberará para ser vendido", admitiu Cirne.

Com a cabeça ou não já em 2012, Manoel iniciou o ano irreconhecível em campo. Já na primeira partida do Paranaense, na derrota para o Arapongas por 2 a 1 na Arena, o primeiro gol dos visitantes ocorreu após uma fa­­lha dele. O defensor resolveu sair jo­­gando com a bola dominada, perdeu e armou o contra-ataque adversário. Após o lance, já irritados com toda a novela envolvendo a sua recusa em se reapresentar, alguns torcedores começaram a vaiar o jogador cada vez que ele pegava na bola.

Agora, mesmo diante de mais um desempenho ruim, que teve até uma participação involuntária do zagueiro ao desviar a bola no gol do Operário, o empresário diz não acreditar que toda a confusão das fé­­rias esteja me­­xendo com o jovem. "O que aconteceu foi fatalidade do jo­­go. Não tem na­­da a ver", argumentou Cirne, com uma opinião diferente do gerente de futebol rubro-negro. "Tá na cara que isso é reflexo. Mas fazer o quê? Nós temos de administrar isso", lamentou Bolicenho.