Em má fase, Marcinho admite que está devendo

• 0

Marcinho é a antítese de Paulo Baier no Atlético. Enquanto o veterano camisa 10, com gols e assistências, virou a principal peça na recuperação do clube no Brasileiro, Marcinho ainda é uma dúvida para os torcedores. Apesar de ser o artilheiro do clube no Nacional com seis gols, o meia-atacante não conseguiu deslanchar. E o que é pior, emendou uma sequência de apresentações apagadas. A última contra o Fla­­mengo, quando foi sacado no intervalo pelo técnico An­­tônio Lopes. "A marcação es­­­tava muito forte", alega ele, há cinco rodadas sem balançar as redes.

Marcinho responde com educação, mas a pergunta sobre o período de baixa o deixa visivelmente incomodado. Talvez pelo questionamento ser recorrente nesses últimos anos de sua carreira.

Depois de brilhar com as camisas de São Caetano e Palmeiras, entre 2003 e 2006, e chegar à seleção brasileira, o jogador não foi bem no Cruzeiro nem no Kashima Antlers (Japão), o último time antes de desembarcar na Baixada, em fevereiro. No Oriente, passou boa parte da temporada no banco de reservas. "Sei que posso render mais. Na minha posição quando o gol não sai é assim: você é cobrado, contestado, criticado. Tenho consciência. Estou trabalhando e me dedicando para melhorar", avalia.

Lopes sai em defesa do armador, descartando a possibilidade de tirá-lo do time titular para o confronto com o Atlético-MG, domingo, no Mineirão – Rafael Miranda, emprestado pelo Galo, não poderá atuar por questões contratuais. "Irei iniciar os trabalhos com a mesma formação", afirma o Delegado. "O Marcinho tem procurado nos ajudar, cumprindo com o que eu quero. É um rapaz de boa técnica, que pode não ter se destacado em uma partida, mas vem se comportando bem em outras".