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A iminente queda para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro parece acompanhada de uma maré de azar no Alto da Glória. O vôo de São Paulo a Curitiba, que geralmente leva rápidos 40 minutos, durou intermináveis três horas para a delegação alviverde que esteve em São Caetano do Sul para a partida contra o Azulão, no domingo. Tudo porque o avião apresentou falhas no motor antes de decolar, no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Somente após trocar de aeronave o time conseguiu deixar a capital paulista. Mas não para Curitiba, e sim até o Rio de Janeiro. A mudança de rota fez o Coritiba desembarcar apenas às 13 horas (deveria chegar às 10 horas), e aumentou o sofrimento pelo empate no Anacleto Campanella.

"Esse tipo de problema faz parte. O que chateia é o jogo, que nós ganhavamos e deixamos empatar aos 43 minutos. A sorte não está do nosso lado", afirmou o centroavante Renaldo.

O longo período de espera nos aeroportos e dentro do avião deixou espaços para reflexão do elenco sobre o que ainda é possível realizar. "Conversamos entre nós e não tem muito o que fazer. É ganhar e ter esperança", disse o zagueiro Flávio, em uma síntese do ânimo da equipe na chegada a Curitiba.

Os rostos abatidos eram um retrato nítido da difícil missão que o Coxa terá no próximo fim de semana. Precisará vencer o Internacional, ainda com chance de ser campeão, e contar com a ajuda do Cruzeiro ou do Brasiliense contra São Caetano e Ponte Preta, respectivamente. As poucas declarações foram, invariavelmente, lamentando o gol de empate, de Claudecir, sofrido aos 43 minutos do segundo tempo.

"Infelizmente não liquidamos a partida quando vencíamos por 1 a 0 e estávamos em um momento melhor. Daí o São Caetano aproveitou a chance que teve e empatou", lamentou o lateral-esquerdo Ricardinho, autor do gol paranaense no duelo.

"O grande problema foi tomar esse gol no finzinho. Se tivéssemos vencido estaríamos muito mais tranqüilos contra o Internacional", avaliou Flávio, que se mostrou confuso quanto as chances de o Coxa sair do grupo dos rebaixados. "Não estamos abatidos, pois estamos com a mesma situação de antes desse jogo (contra o São Caetano)", disse, se esquecendo que agora, além de ganhar, é preciso esperar por outros resultados.

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