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A cada crise, um assunto norteia as discussões entre os torcedores do Paraná Clube: porque não separar a parte social da área do futebol? Na visão de alguns, isto permitiria uma arrecadação maior e a montagem de uma equipe mais competitiva. Além disso, o social apenas traria "dor de cabeça" ao clube. Todavia, apesar das crises serem cada vez mais recorrentes nos últimos dois anos do Tricolor, a diretoria paranista sequer conversar sobre esse assunto.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Paraná, Benedito Gomes Barboza, qualquer separação deste tipo seria ir contra a própria história do Tricolor – criado em 1989 com a união da tradição e torcida do Colorado e com o aporte social e financeiro do Pinheiros. Ou seja, a possibilidade de ver um clube dividido por prioridades inexiste entre os conselheiros do clube, e trata-se, segundo Barboza, de assunto de torcida e imprensa.

"Internamente nós sequer ventilamos isto. Quem trata disso é a imprensa e a torcida em momentos difíceis como esse. Começamos um novo trabalho aqui no conselho, que visa algumas adaptações simples no Estatuto do clube, mas nada que chegue próximo a isso. O Paraná é uma instituição que congrega essas duas frentes sem nenhum problema. Em 12 anos que estou aqui, o assunto separação nunca foi tratado", disse, por telefone, à Gazeta do Povo Online.

Benedito Gomes Barboza esclarece que a difícil situação financeira do clube não envolve o social, como possa se imaginar. "Não existe influência do social ou do futebol nos recursos um do outro. As duas áreas trabalham de forma distinta, e o orçamento é trabalhado separadamente. Não existe qualquer conflito", declarou o presidente do Deliberativo paranista.

A idéia de que a separação possa melhorar a condição do Paraná dentro de campo é comparada com as idéias de fusão com os rivais da capital. "Quando estamos em uma fase ruim, esse assunto e aquelas idéias de fusão com Atlético ou Coritiba sempre são especulados. Mas não existe nada neste sentido em andamento aqui", revelou Barboza. O dirigente aproveitou para esclarecer o motivo do Conselho Deliberativo não "aparecer" tanto quanto as mesmas casas nos times de Curitiba.

"Não sei como trabalham ou quais são as atribuições do Conselho Deliberativo no Atlético ou no Coritiba, mas aqui o nosso papel não é de gestor, e sim de deliberação, tratando da esfera política. Aqui separamos bem as coisas, você nunca verá o presidente do conselho sair a frente de questões do futebol ou do social", finalizou Barboza.

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