Oitenta e um barcos de 20 países, 11 campeões mundiais e um duelo de gigantes. Os dois maiores iatistas brasileiros, Robert Scheidt e Torben Grael, disputam a partir de hoje o Campeonato Mundial da Classe Star, com sede no Iate Clube do Rio de Janeiro, na Urca (zona sul da cidade).
Motivo de discórdia entre velejadores e organizadores do evento, a Baía de Guanabara vai receber a primeira regata, com largada às 13 horas. E o maior adversário dos competidores por lá promete ser a grande quantidade de lixo na água, que acaba ofuscando a beleza da paisagem local.
Por causa das condições da baía, a direção do Mundial aceitou que as outras cinco provas fossem realizadas em alto-mar, perto da praia de Copacabana. "Tem tanto lixo que é até sacanagem fazer a competição ali", disse Torben Grael, o brasileiro com o maior número de medalhas olímpicas cinco, no total.
Desde a conquista do ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, Torben velejou poucas vezes na classe Star. Passou a se dedicar mais à Volvo Ocean Race, regata de volta ao mundo, e agora retoma o velho hábito, ainda incerto sobre seu desempenho.
"Venho treinando há pouco tempo, mas, se eu tiver um pouquinho de sorte, posso surpreender", disse Torben, eleito pela Federação Internacional de Vela o melhor velejador do ano passado. Seu parceiro é o proeiro Marcelo Ferreira, com quem venceu o Mundial de 1990. "Robert Scheidt é o favorito. Estou chegando agora".
Dono de dez títulos mundiais e bicampeão olímpico, Robert Scheidt rebateu com bom humor: "Eles (Torben e Ferreira) podem estar sem tanto ritmo, mas compensam isso com a experiência de 20 anos velejando. Aqui é o quintal do Torben".
Briga de Pochmann e servidores arranha imagem do IBGE e amplia desgaste do governo
Babás, pedreiros, jardineiros sem visto: qual o perfil dos brasileiros deportados dos EUA
Crise dos deportados: Lula evita afronta a Trump; ouça o podcast
Serviço de Uber e 99 evidencia “gap” do transporte público em grandes metrópoles
Deixe sua opinião