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Atleticanos comemoram em meio à desolação de Ronaldinho Gaúcho: equatoriano Guerrón ofuscou o brilho do astro flamenguista | Ernesto Carriço/Ag O Dia
Atleticanos comemoram em meio à desolação de Ronaldinho Gaúcho: equatoriano Guerrón ofuscou o brilho do astro flamenguista| Foto: Ernesto Carriço/Ag O Dia

Zé Carlos

Ao final do jogo de ontem, o técnico Antônio Lopes voltou a pedir a contratação de um atacante de referência pelo Atlético, um pedido insistente do antecessor Renato Gaúcho. Zé Carlos, do Criciúma, pode ser esse camisa 9. "Estamos na expectativa, aguardando que venha um atacante de referência. A diretoria está se virando, vamos ver se vai dar certo", comentou o Delegado. A contratação de Zé Carlos pode ser definida hoje. Ele tem contrato de empréstimo até o fim do ano, e o time catarinense tem preferência para cobrir a oferta rubro-negra. O atacante já revelou que quer vir para a Baixada.

Opinião

Prepare o seu coração

Atleticanos, preparem-se. Ontem, contra o Flamengo, funcionou a fórmula "Delega Lopes" para fugir do rebaixamento: 1 no gol, 10 na retranca, 20 atrás, 30 na defesa, 50 na linha do gol e muito "chambão". E, a partir de agora, vai ser sempre assim. Certeza de fortes emoções.

Para dar certo como em 2009 – na passagem anterior do marido da Dona Elza pela Baixada –dois fatores serão primordiais. Primeiramente, a manutenção do espírito de luta da equipe. Contra o Palmeiras, na quarta-feira passada, o Furacão brigou o jogo inteiro. Ontem fez o mesmo.

O outro ponto depende da diretoria: a contratação de um assassino na área. Zé Carlos, do Criciúma, jogador sondado pelo Furacão, parece ser o cara. Aparentemente, ele é um mix de Oséas com Aloísio Chulapa. Pode ser o parceiro ideal para o imprevisível Guerrón.

André Pugliesi, repórter

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O Atlético conquistou uma vitória bem ao estilo de Antônio Lopes. Com duas linhas de quatro jogadores à frente do goleiro Renan Rocha, trancafiado na defesa, o Furacão trouxe três pontos improváveis do Rio de Janeiro, ao bater o Flamengo por 2 a 1, ontem à noite.

Conquista possível graças a Guerrón. Não fosse pelo equatoriano, a retranca rubro-negra possivelmente não teria chegado a lugar nenhum. Valeu também a garra da equipe, que soube suportar a pressão carioca.

"O time todo foi muito bem. A defesa jogou bem, e o ataque soube aproveitar as chances. O que o Lopes propôs nós conseguimos fazer. Tivemos muita superação. Mostramos que queremos sair dessa situação e vamos sair", declarou o goleiro Renan Rocha, um dos melhores do Furacão.

Em dois lances, um em cada período, Guerrón decidiu a partida. Aos 39 minutos da etapa inicial, partiu pela esquerda e serviu Héracles dentro da área, que marcou com um chute cruzado. E, aos 40 segundos do segundo tempo, ele mesmo aumentou em linda jogada individual.

A noite de Guerrón só não foi perfeita porque ele acabou expulso. Aos 24 minutos da etapa final, o avante deu um carrinho, na bola, e na continuidade acertou o adversário. O árbitro Ricardo Marques Ribeiro, de Minas Gerais, aplicou o segundo cartão amarelo e deixou o Rubro-Negro com um a menos.

A partir daí, o Flamengo sufocou até o fim. E conseguiu marcar com o zagueiro Welinton, aos 36 minutos do segundo tempo. Mas foi só. "Valeu pela garra do nosso time. O grupo todo se entregou ao máximo. Saímos esgotados", comentou o lateral-direito Edílson.

O resultado pouco alterou a situação do Furacão no Brasileiro, envolvido na luta contra o rebaixamento. Fez o time ganhar apenas uma posição, chegando ao 18.º lugar, com 22 pontos. Mas foi um ânimo e tanto para quem não vencia há cinco partidas – 3 empates e 2 derrotas.

Significou também um triunfo pessoal do Delegado, há bem mais tempo sem saborear um sucesso no Nacional. Dirigindo Vitória (em 2010), América-MG e contando com os dois jogos em que comandou o Atlético, o retrospecto de Lopes era de 9 empates e 3 derrotas.

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