Estratégia
Delegado se apoia em mistério
Antônio Lopes ainda faz mistério, mas deve optar mesmo pela entrada do meia-atacante Tartá no time titular, em substituição a Alex Sandro, em vias de ser negociado. Com isso, o desenho tático do Atlético sofre uma alteração. Netinho, que vinha fazendo a ligação do meio de campo com o ataque, recua um pouco, atuando pela esquerda, ao lado de Alan Bahia Valencia fica centralizado na cabeça de área, com Tartá liberado para encostar em Bruno Mineiro e Marcelo.
A outra alternativa seria escalar o volante Chico, mantendo o esquema das duas últimas partidas do time (vitórias sobre Cianorte e Corinthians Paranaense). "O Chico tem praticamente a mesma característica do Alex Sandro. Já o Tartá é diferente, quase um atacante. Vamos ver o que é melhor", despista o treinador.
O Atlético começou o ano com Galatto (emprestado para o futebol búlgaro), especulou o nome do santista Fábio Costa, mas, por fim, resolveu investir no prata da casa Neto, de apenas 20 anos. O mineiro de 1,91 m foi conduzido por Antônio Lopes com a colaboração do preparador de goleiros Marco Aurélio Tedeschi ao posto de novo camisa 1 rubro-negro, acabando com o rodízio que marcou o período após a saída de Guilherme, vendido em 2007 para o Lokomotiv Moscow, da Rússia.Neto aproveitou a chance. É um dos pilares da jovem linha defensiva atleticana (média de idade de 21,2 anos), a melhor do campeonato juntamente com a do Paraná, adversário de hoje, com quatro gols sofridos. A boa fase diminuiu a resistência. Os boatos de que o clube buscaria alguém mais experiente para a meta cessaram. Neto sabe, contudo, que a fase de testes ainda não terminou. Uma falha e tudo volta à estaca zero, servindo de munição aos críticos."É normal (especulação sobre reforços), clube grande vai ao mercado em busca de jogadores de qualidade. Entendo, por isso não chega a me atrapalhar. Estou focado, quero jogar para manter essa sequência positiva e me firmar de vez", afirma o goleiro, que antes de desembarcar na Baixada passou um período, em 2003, pelas divisões de base Cruzeiro. "Sei das dificuldades, já enfrentei algumas, mas o meu planejamento sempre foi jogar pelo Atlético", emenda.
O jogador desconversa, prefere encarar o duelo com o Tricolor, fora de casa, como mais um jogo. Contudo, não há como não associar o clássico (o primeiro como profissional) ao principal desafio de Neto até o momento. Ainda mais por conta das peculiaridades do gramado da Vila Capanema, repleto de buracos e "morrinhos artilheiros". "É uma partida diferente, importante. Não qualifico como um teste, já passei por outras situações semelhantes. Tenho responsabilidade, mas a mesma de outros jogos", ressalta ele. "Já joguei em campos ruins. Neste caso é preciso redobrar a atenção e saber lidar com o que for aparecendo pela frente. Uma das minhas qualidades é passar confiança aos meus companheiros", encerra, com personalidade.
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