Furacão cogita a volta ao Ecoestádio
Enquanto as negociações com o Paraná para alugar a Vila Olímpica do Boqueirão não avançam, o Atlético tenta mandar os jogos no Ecoestádio praça esportiva da qual foi inquilino por quatro rodadas do Paranaense. "Eles [o Atlético] estão tentando viabilizar essa possibilidade", revelou o presidente do Jotinha, Joel Malucelli.
O estádio tem capacidade para 4 mil torcedores sentados, mas o regulamento da competição exige 10 mil. Assim, o Furacão teria de montar arquibancadas temporárias. Além disso, os jogos teriam de ser remarcados para a tarde, já que não há sistema de iluminação no local.
O diretor de marketing do Atlético, Mauro Holzmann, não descartou a casa do Jotinha. "Não vou dizer que não estamos tentando trazer os jogos para Curitiba, mas depende da CBF, da [Rede] Globo e do Corpo de Bombeiros", disse.
A passagem do Furacão pelo Ecoestádio foi marcada pela morte do torcedor atleticano André Scaramussa Lopes, de 21 anos, atropelado na rodovia após partida com o Roma, no dia 1.º de fevereiro.
Atleticanas
Processo 1
O Atlético entrará com uma ação contra o ex-presidente do clube, Marcos Malucelli, ainda em relação ao caso Morro García. Para a atual diretoria, o US$ 1,2 milhão repassado à Guardian Universal Limited, empresa do investidor do Nacional e empresário de Morro, Daniel Fonseca, foi pago em forma de comissão e que seria muito acima do mercado.
Processo 2
Segundo Malucelli, porém, esse valor não se configura como comissão e sim como parte da compra dos direitos federativos do jogador. No processo, são réus também Enio Fornéa, Alfredo Ibiapina, Renato Munhoz da Rocha (ex-diretor administrativo do Atlético) e Maria Aparecida Gonçalves (ex-diretora financeira do Atlético).
Parceria
O Atlético fechou uma parceira com a empresa Nutrilatina, que será a fornecedora oficial de suplementos nutricionais do clube. O acordo tem duração de três anos e envolve um apoio financeiro irrisório, não revelado pelo clube. Em contrapartida, a companhia terá a marca exposta em jogos e ventos do Furacão.
O favoritismo atleticano para o retorno à elite do futebol brasileiro, inclusive com o provável título da Segunda Divisão, se dissipou com apenas três rodadas disputadas. De lá para cá, o time esteve sempre fora do G4, mudou três vezes de treinador, refez o elenco e ainda persegue os pontos para o acesso. Antítese total do Criciúma, adversário deste sábado (18), às 16h20, no Gigante do Itiberê, em Paranaguá.
Um apostador não colocaria as fichas no time catarinense no início do campeonato. Depois de um 7.º lugar no Estadual, o azarão surpreendeu e chegou à 18.ª rodada na liderança. Não por acaso é o melhor em vários quesitos: vitórias, ataque, aproveitamento e artilheiro da competição. Bastante para quem tinha o objetivo de chegar aos 46 pontos hoje tem 39 e permanecer na Série B.
O próprio abismo financeiro entre as duas equipes inverteria essa situação. De acordo com um estudo da Pluri Consultoria, o valor de mercado do Tigre era de R$ 16,5 milhões. Bem abaixo dos R$ 55,5 milhões apontados para o Rubro-Negro.
Mas o que deu certo lá que não funcionou com o Atlético? O diretor de futebol do Tigre, Waldeci Rampinelli, arrisca uma resposta. "O futebol não tem muito segredo. É dedicação e um pouco de sorte. A sorte vem com competência. E claro, muito trabalho."
Ele, porém, esqueceu dois pontos: manutenção de treinador e elenco fechado antes da competição. É o que está pesando contra o Furacão, segundo o treinador Ricardo Drusbcky. "Por ser um mercado vendedor de jogadores, o futebol brasileiro não consegue manter elencos por muito tempo. E tem a questão da instabilidade de treinador, não só no Atlético. Isso atrapalha muito qualquer projeto tático e de equipe. É o futebol brasileiro", justifica.
Mesmo assim, o goleiro Weverton demonstra otimismo. "O Atlético continua sendo um favorito para subir. Infelizmente a nossa posição na tabela não nos coloca na Primeira Divisão. Mas temos um elenco qualificado, que tem condições para subir. A nossa esperança é que cada vez o time cresça mais. Quando o Atlético colocar o pé no G4 não vai sair mais", espera.
Só que para entrar no grupo que garante o acesso e permanecer por lá não será uma tarefa simples. Isso porque, ao contrário das seis edições anteriores da Série B no formato de pontos corridos, o aproveitamento dos integrantes do G4 está maior.
Historicamente, os times conseguem a classificação com uma média de 54% dos pontos disputados. Em 2012, porém, o 4.º colocado (São Caetano) está com 64,7% de aproveitamento.
No melhor dos cenários, o Rubro-Negro precisaria de mais 36 pontos até o final do campeonato (57% dos pontos). No entanto, se a base for este ano, a conta é de campeão: outros 47 pontos, ou seja, aproveitamento de 75%, pouco abaixo do que tem o Criciúma (76,5%).
"O Atlético não se encontrou ainda, mas até por ser futebol brasileiro, nada nos impede de dar uma arrancada agora", ambiciona Drubscky, que comandará o Atlético na beira do gramado pela primeira vez ele cumpriu quatro jogos de suspensão.
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