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Ontem, o atacante Henrique Dias marcou duas vezes contra o ex-clube, onde entrou para a histórias por gols decisivos | Roberto Vazquez/ Futura Press
Ontem, o atacante Henrique Dias marcou duas vezes contra o ex-clube, onde entrou para a histórias por gols decisivos| Foto: Roberto Vazquez/ Futura Press

São Caetano 3x1 Coritiba

São Caetano do Sul

Estádio: Anacleto Campanella. Árbitro: Wagner Reway (MT). Gols: Henrique Dias (S) aos 23/1º, Enrico( C) aos 40/2º, Henrique Dias (S) aos 2/2º e Éverton Ribeiro (S) aos 12/2º. Amarelos: Eduardo (S); Jéci, Édson Bastos, Léo Gago, Fabinho Capixaba, Rafinha, Leonardo e Geraldo (C ). Vermelho: Léo Gago (C). Público pagante: 666. Renda: R$ 4.610,00.

São Caetano: Luiz; Artur, Marcelo Batatais, Anderson Marques e Fernandinho; Moradei, Romário, Éverton Ribeiro (Augusto Recife) e Cléber (Luciano Mandi); João Paulo (Eduardo) e Henrique Dias.Técnico: Toninho Cecílio.

Coritiba: Édson Bastos; Cleiton, Jéci (Marcos Aurélio), e Lucas Mendes; Fabinho Capixaba, Leandro Donizete, Léo Gago, Rafinha e Triguinho (Geraldo); Enrico (Bill) e Leonardo.Técnico: Ney Franco.

O jogo

Até Henrique Dias abrir o placar, as duas equipes faziam um duelo de muitos passes errados. O Coritiba empatou no final do primeiro tempo e parecia voltar melhor para o segundo. Mas, com outro gol de HD logo no segundo minuto, o time de Ney Franco se descontrolou. No contra-ataque, o terceiro gol do Azulão. Em seguida, Léo Gago foi expulso, facilitando para o time da casa administrar o resultado.

Protagonistas da conquista da Série B em 2007 pelo Coritiba, o goleiro Édson Bastos e o atacante Henrique Dias foram os destaques (negativo e positivo) na derrota do Alviverde por 3 a 1 para o São Caetano, ontem à tarde, no ABC paulista.

O resultado não só mantém o tabu de o Coxa nunca ter vencido o Azulão como visitante, como também deixa menos cômoda a situação do líder da Segundona. O Coritiba foi ao interior paulista em busca de três pontos que o deixariam a apenas dois – nas contas do clube – da volta à Série A, com antecipação.

Com o revés, o time paranaense deixou o estádio Anacleto Campanella com os mesmos 60 pontos com os quais chegou e sem a ampla vantagem que havia construído no returno. Vai à próxima rodada, contra o Bahia (58 pontos) na terça-feira, em Salvador, em um confronto direto pela liderança. Há cinco rodadas, tinha sete pontos de vantagem sobre o vice-líder.

Mais do que os números, o que mais preocupou foi a atuação irreconhecível. A começar por Édson Bastos, que foi mal em dois dos três gols sofridos. O primeiro, aos 23 minutos, no início do duelo entre dois atletas fundamentais na conquista coxa-branca da Segundona há dois anos – HD fez o gol do título e, após repetir a dose no Para­­naense de 2008, ganhou da torcida a alcunha de "Iluminado". Ontem, levou a melhor sobre o ex-companheiro, em tarde para esquecer.

O goleiro fez pênalti no atacante e levou o cartão amarelo que o tira da partida na Bahia. Na cobrança precisa do próprio HD, aos 23 minutos, saiu o primeiro gol. O Coritiba empatou aos 40 minutos, com Enrico, que dominou o rebote do chute de Triguinho e colocou no canto esquerdo alto.

Mas era dia de Henrique Dias. Aos 2 minutos do segundo tempo, o Iluminado, de 1,71 metros de altura, subiu mais que o zagueiro Lucas Mendes (1,83 m) no lançamento da esquerda de João Paulo e cabeceou para deixar o placar em 2 a 1. O Coritiba se perdeu em campo. "A equipe ficou querendo resolver. Não teve uma tática feliz com a posse da bola", definiu o técnico Ney Franco. Em cena rara, ele também reclamou da arbitragem, defendendo que o gol anulado de Triguinho, aos 31 minutos, não foi em impedimento.

O terceiro gol adversário veio em nova falha do goleiro coritibano. No lançamento do campo de defesa do Azulão para Éverton Ribeiro, livre de marcação, Édson Bastos deixou precipitadamente a área, foi driblado e, com o gol livre, Éver­­ton definiu.

O nervosismo alviverde se refletiu em números: oito cartões amarelos e a expulsão de Léo Gago, aos 13 minutos do segundo tempo, por reclamação, logo após o 3 a 1.

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