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Carpegiani conversa com os jogadores em seu primeiro dia de treinos no Atlético | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Carpegiani conversa com os jogadores em seu primeiro dia de treinos no Atlético| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Um único treino escancarou ao técnico Paulo César Carpegiani um problema já conhecido no Atlé­­tico. Um time calado, que não cobra nem conversa em campo, precisará de mais vibração para reagir no Brasileiro. Sem tempo para trabalhar e conhecer me­­lhor o elenco, o novo contratado es­­pera ao menos uma mudança de postura na sua estreia hoje, às 19h30, contra o Botafogo, na Arena.

"A equipe precisa jogar sem medo. Até pela situação incômoda que vem de anos anteriores, existe a pressão. O futebol é falado, cantado e o time fala muito pouco. Boleiro gosta de extravasar, não pode acontecer essa retração, ou as coisas não acontecem. Senti essa dificuldade. Tem de conversar mais, discutir em campo. O que acontece ali, fica ali. Fora quero que sejam amigos", analisou o treinador, ao ser apresentado ontem no CT do Caju.

A falta de comunicação havia sido revelada pelo zagueiro Manoel na derrota para o Atlético-MG, por 3 a 1. A declaração mobilizou o capitão Paulo Baier a defender o bom ambiente do grupo. "Isso é uma coisa que se muda com o tempo. Mas eu gostei da resposta dos jogadores", ponderou Carpe­­gia­­ni, que negou ter percebido problemas extracampo.

Há outras dificuldades no gramado a serem resolvidas. Uma responsabilidade repassada aos atletas. "Não sou nenhum salvador. Nem considero estar aqui um desafio. São eles que fazem os resultados. Sou um mediador", declarou o novo comandante.

Carpegiani conta com a torcida para restabelecer a confiança abalada com as recentes campanhas e quer ver um time firme atrás, que não passe sufoco e também seja ofensivo. Uma missão e tanto para a equipe com a segunda pior defesa – 12 gols sofridos, atrás apenas do Atlético-MG (13) – e sete gols marcados.

Em paralelo ao trabalho técnico e tático, ele irá traçar com a cú­­pula rubro-negra as estratégias para reforçar a equipe. "A diretoria está ciente da necessidade de contratações. Mas não podemos errar", afirmou, com um discurso re­­corrente no clube. "Temos a obri­­gação de dar uma resposta. Temos dois jogos ainda antes da parada [durante o período da Copa do Mundo]. Estou concentrado no Botafogo. Um jogo difícil contra um time certinho", co­­mentou.

Para encarar os cariocas, o treinador testou duas formações. Se a escalação não foi antecipada, ao menos três mudanças estão garantidas em relação à derrota por 4 a 1 contra o Inter. Alan Bahia substitui Valencia, expulso no Beira-Rio. Wagner Diniz cumpriu suspensão pelo cartão vermelho contra o Atlético-GO e retorna. Mas a principal novidade está no ataque. Com o registro regularizado, Maikon Leite, contratado na semana passada, vai estrear ao lado de Bruno Mineiro para colaborar com a recuperação do Atlético.

Ao vivo

Atlético x Botafogo, às 19h30, no PFC e no tempo real da Gazeta do Povo (www.gazetadopovo.com.br/esportes)

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Veja a ficha técnica do jogo Atlético X Botafogo:

Em Curitiba

Atlético

Neto; Manoel, Rhodolfo e Chico; Wagner Diniz, Alan Bahia, Paulo Baier, Branquinho e Márcio Azevedo; Bruno Mineiro e Maikon Leite.

Técnico: Paulo César Carpegiani.

Botafogo

Jefferson; Fahel, Wellington e Fábio Ferreira; Alessandro (Jancarlos), Leandro Guerreiro, Túlio Souza, Lucio Flavio e Somália; Caio e Herrera.

Técnico: Joel Santana.

Estádio: Arena. Horário: 19h30. Árbitro: Paulo César Oliveira (Fifa-SP). Auxs.: Ednílson Corona (Fifa-SP) e Herman Brumel Vani (SP).

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