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Maior vencedor do vôlei de praia mundial, o paranaense Emanuel começa todos os anos treinando em João Pessoa, na Paraíba. É graças à pré-temporada realizada no Nordeste, entre janeiro e março, que os sucessos se acumulam a cada competição que disputa ao lado do baiano Ricardo, com quem joga desde 2002. A segunda casa da dupla é o refúgio ideal antes de grandes eventos, um lugar para reunir forças.

"Sempre que temos uma competição importante e precisamos de resultado, a gente vem para cá", atesta o jogador, que vive uma rotina de trabalho intensivo sempre que volta para o lar adotivo. "Só penso em treinar", admite o octocampeão do mundo. Quando sai das areias, o "descanso" é na academia. E, apesar de estar no caminho de se tornar uma verdadeira lenda no esporte, ainda sofre com as "fraquezas" do corpo mortal. Precisa comer. Nos restaurantes, recupera energia para enfrentar o piso exigente à beira-mar. A única atividade nada relacionada à manutenção da máquina de vitórias é quando abandona o papel de protagonista e vira espectador diante da tela grande.

"Curto um cinema. Já consegui ver uns cinco ou seis filmes este ano", gaba-se, às vésperas de lutar pelo hexacampeonato nacional antecipado.

A partir de hoje, o território sagrado da parceria Emanuel/Ricardo recebe a 11.ª e penúltima etapa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia. No cardápio do dia, o qualifying que levará outras 16 duplas à fase principal da competição. Quando for a vez de entrar em quadra para valer, Emanuel vai olhar para o companheiro. Uma conversa rápida. Um estímulo importante.

"Vou dizer para pensar no ano todo, em quanto investimos nele. Não jogamos pelas etapas, mas pela temporada", conta.

Bola em jogo, título também. Com 3.400 pontos contra 3.080 de Fábio Luiz e Márcio, os "anfitriões" precisam somente aparecer no pódio para selar a conquista antes da próxima etapa, em Brasília. Com um quarto lugar, eles só precisam entrar em quadra na competição que fecha o circuito 2006 para festejar o terceiro brasileiro como parceiros – ganharam em 2002 e 2003.

"É a possibilidade de devolver o carinho que recebemos aqui em João Pessoa no dia-a-dia, não só na quadra", fala. "Estamos indo além das nossas condições físicas, estamos desgastados. Mas estamos há dois anos batendo na trave no circuito brasileiro, ficando com o vice por muito pouco. Está na hora de voltarmos a ganhar no Brasil também", finaliza.

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