"Estou entrando para uma seleta lista de lendas e estou muito honrado." O paranaense Emanuel não precisa de falsa modéstia. Os números falam por ele. E em tempos em que a Copa ainda está bastante presente na nossa cabeça, quem assiste às partidas de vôlei de praia em que joga ao lado do baiano Ricardo sempre vê a dupla dar o máximo quando representa o país, mesmo em caso de derrota algo cada vez mais raro nas suas carreiras.
No fim de semana, Ricardo e Emanuel obtiveram mais uma conquista em etapas do Circuito Mundial dessa vez em Marselha, na França. E a declaração do paranaense tem muito a ver com isso. Emanuel chegou ao 100.º título da carreira em 151 torneios. Também alcançou a marca de 750 vitórias no Circuito Mundial em 911 jogos disputados um aproveitamento de 92,3%.
É o mais vitorioso jogador do vôlei de praia brasileiro e, por enquanto, o quinto do mundo. Ele está atrás apenas dos americanos Karch Kiraly (148 títulos de torneios), Sinjin Smith (139), Randy Stocklos (122) e Kent Steffes (110). Mas para essa comparação, há duas considerações significativas.
Emanuel é o único que continua em atividade tem 33 anos e, mesmo que afirme não pensar nisso, já deu indícios de que poderá jogar até os 38. Por fim, as vitórias do paranaense foram conquistadas na época mais competitiva do vôlei de praia, da metade da década de 90 para cá. Seus "concorrentes" jogavam praticamente entre eles quando a modalidade estava apenas começando (nos anos 80) e contava basicamente com jogadores mais velhos que migravam para areia depois de se aposentar das quadras.
Agora são exceções os exemplos de sucesso nesse esporte que tenham feito esse caminho. E os torneios são mais competitivos, embora os campeões olímpicos estejam cada vez mais próximos de criar uma dinastia na areia.
A dupla esteve na final de seis das sete etapas disputadas na temporada. Venceu quatro. É o melhor início de Circuito da parceria, iniciada em 2002, performance que reflete no ranking do circuito. Ricardo e Emanuel somam 4.300 pontos na liderança, 700 a mais que Márcio e Fábio Luiz, segundo colocados.
"Amo jogar vôlei de praia e quando você se sente à vontade, tem um parceiro que te motiva e conquista títulos, fica tudo perfeito", afirmou o paranaense, que lembrou da derrota na primeira partida do torneio e a recuperação "quase impossível", com oito triunfos seguidos até levantar o troféu.
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