Coritiba x Paraná
Curitiba, 16h
Coritiba: Édson Bastos; Cleiton, Pereira e Jéci; Fabinho Capixaba, Leandro Donizete, Léo Gago, Rafinha e Triguinho; Enrico (Marcos Aurélio) e Leonardo.Técnico: Ney Franco.
Paraná: Juninho; Alessandro Lopes, Irineu e Luiz Henrique; Murilo, Luiz Camargo, Wanderson, Edimar e Henrique; Rodrigo Pimpão e Wiliam.Técnico: Roberto Cavalo.
Estádio: Couto Pereira. Árbitro: Paulo César de Oliveira (Fifa-SP). Auxs.: Luiz H. Souza Santos Renesto (PR) e Pedro Martinelli Christino (PR).
Contraste entre rivais aflora com o clássico
Coritiba e Paraná chegam ao clássico de hoje, às 16 horas, no Estádio Couto Pereira, animados pela bom momento na competição, mas com históricos muito diferentes na disputa da Série B. O resultado desse contraste está nos objetivos em campo nesta tarde.
Coritiba e Paraná viverão hoje um clássico em alta. O Coxa líder da Série B, quatro pontos acima do vice Figueirense e 10 a mais do que o 5.º colocado Sport recebe um Tricolor cheio de esperanças, embalado por uma invencibilidade de quatro jogos (e três vitórias seguidas). São dez pontos do G4 (faltam 24 por disputar), mas há a fé de que uma vitória no clássico embale o time para seus dois próximos desafios: Bahia e América-MG, ambos no G4.
Do humilhante rebaixamento no centenário, surgiu um novo Alviverde, sobrando na Série B; de uma devastadora goleada por 6 a 1 para a Portuguesa, pode renascer um time paranista, com o amparo de alguns ex-dirigentes vitoriosos na década de 90 nos bastidores. "Graças a esses contatos que reativamos, novos investidores estão vindo", afirma Paulo César Silva, um dos novos comandantes do time da Vila fora de campo. "É apenas um passo na recuperação do clube", promete Vilson Ribeiro de Andrade, homem-forte do Coxa.
As torcidas parecem ter entendido o momento: até o fim da tarde de ontem, o Coxa havia vendido quase 20 mil entradas; na Vila, esgotaram-se os meio-ingressos (1.700 de 3.400 bilhetes).
O choque, no entanto, tende a ser mais significativo na rotina paranista. Uma derrota não abalaria tanto o Alto da Glória quanto o Durival Britto. "Garanto um Paraná aguerrido", afirmou Roberto Cavalo. "Enquanto não batermos no número que a gente sobe [64] não falamos nisso [festa]", diz Ney Franco faltam 6 pontos.
Com o aditivo de um tabu de 14 anos sem que o Paraná vença o Coritiba no Couto, o torcedor terá hoje o resgate de uma rivalidade.
"Dois caminhos"Ney Franco, técnico do Coritiba.
Como você vê um clássico nesse momento de alta do Coxa e de reação do Paraná?
Depois do clássico você tem dois caminhos. Quando ganha, está tudo bem, você segue na mesma toada. Se tiver um revés, mesmo na liderança do campeonato, vão surgir questionamentos. A gente começou essa temporada preparado para isso. O clássico representa muito.
Você sempre valorizou o Paraná como um dos elegíveis ao acesso. Decepcionou-se?
Decepção é uma palavra forte, o campeonato é muito difícil. Se você olhar no meio da tabela, muitas equipes tinham condições de estar lá em cima: Ponte Preta, São Caetano... No começo desse campeonato, o Paraná estava entre as que podiam subir. Em determinado momento eles tiveram uma queda e acabaram ficando um pouco para trás. Eu entendo assim, que eles não tiveram a competência de manter a regularidade que esse campeonato pede.
Já deu para sentir uma mudança no Paraná do Roberto Cavalo?
Já, o Eder [auxiliar do Coritiba] assistiu a dois jogos deles. Embora no começo o Cavalo tenha tentado fazer uma mudança tática para o 4-4-2, ele voltou pro 3-5-2 e mudou o posicionamento da marcação, colocando muito para trás, e usando velocidade. Ele conseguiu dar um encaixe que deu certo. Com o Marcelo [Oliveira, ex-técnico] o Paraná também teve um bom momento. Se eles mantiverem isso, tem chances de terminar numa posição melhor do que estão hoje.
Você vai se despedir dos clássicos paranaenses com nove vitórias e apenas três derrotas em 13 jogos (seis pelo Coxa e sete pelo Atlético).É importante fechar com a décima vitória?
Não me preocupo com os números. Lógico que sempre quero melhorar o currículo, mas não é algo que fica na minha cabeça. Tomara que no futuro a gente possa retornar ao futebol paranaense. É uma questão pessoal ganhar esse último clássico.
"Força de vontade"Roberto Cavalo, técnico do Paraná.
Você disse que apesar de entrar para o clássico para jogar de igual para igual, a vantagem na partida é do Coritiba. Por quê?
Pelo próprio histórico deles na competição. Para mim, eles já conquistaram uma vaga na Série A do ano que vem, enquanto nós ainda estamos lutando contra o rebaixamento. Eles brigaram o ano todo por isso, ao contrário da gente. Além disso, o plantel deles é melhor, tem reposição e está entrosado. É o mesmo time que foi campeão paranaense. Eu não consegui nem repetir a mesma escalação nas quatro partidas que comandei até agora.
Diante de um adversário forte, qual será o diferencial do Paraná para buscar a vitória?
Eu falei para os jogadores que o que vai fazer a diferença para o nosso lado é a força de vontade. O Coritiba está mais tranquilo, porque está muito bem na tabela. Mas a gente tem de querer mais do que eles em campo. Só com muita disposição podemos vencer, porque a qualidade deles está em todos os jogadores e nós ainda temos algumas dificuldades.
Você não fez mistério algum nem na escalação e nem na manutenção do esquema tático, jogando com o time recuado para contra-atacar o Coritiba. Dessa forma é possível vencer o clássico?
Acredito que sim, esse esquema está indo bem. Mas contra o Coritiba quero agrupar ainda mais a marcação, até porque, pela qualidade deles, não podemos nos expor. Eu quero os jogadores 100% focados na partida. Eles já sabem tudo de bom que uma vitória nesse clássico pode gerar. Por isso, a ordem é para que ninguém pisque nem um minuto dentro de campo.
E a opção pela volta do Wiliam no lugar do Lima?
Ele já está recuperado da gripe [o atacante chegou a viajar para Recife, mas não enfrentou o Náutico por estar fortemente gripado]. Foi bem no treino e vai para o jogo normalmente.
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