A primeira etapa da Stock Car 2006, em Interlagos, há três semanas, deverá servir como uma referência para a prova de domingo, no Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais, e todo o restante da temporada. Disputas acirradas, a maioria dos pilotos correndo no mesmo segundo e muitos acidentes.
Na abertura do campeonato, dos 42 carros que largaram, metade não terminou a corrida. E em três ocasiões, por batidas mais fortes, foi necessário a entrada do Safety Car na pista, fazendo com que todos se alinhassem novamente bem próximos.
A tendência não é nova, já havia sido verificada em várias provas do ano passado, mas com as mudanças de regras para 2006, deve se tornar uma constante. "A principal conclusão que se pode chegar é que a categoria está cada vez mais competitiva. Os veículos estão muito iguais e dois carros não cabem no mesmo lugar", analisa Nestor Valduga, o presidente do Conselho Técnico da Categoria.
Tanto na avaliação do dirigente como na de pilotos e chefes de equipe, a maioria dos acidentes verificados em São Paulo ocorreu por pequenos toques. O que pode ter sido motivado tanto pelo início da temporada como pela necessidade de garantir uma pontuação para participar dos "playoffs" nas últimas quatro provas da competição os dez primeiros terão sua pontuação zerada para a nona corrida e serão os únicos com chance de conquistar o título.
"Estava todo mundo zerado. Talvez por isso arriscando mais, pois não tinham muito coisa a perder", opina Luciano Burti, da Action Power/Petrobrás, que aponta também a ansiedade como outro ponto a fazer parte da analise.
Para a prova de domingo, contudo, a expectativa de que se repita o alto índice de abandonos causados por acidentes é maior pelas características do traçado: um circuito de alta, que a exemplo de Interlagos, tem como principal ponto de ultrapassagem o final da reta.
"Curitiba tem uma reta longa, e todos tentam chegar no final dela o mais próximo possível do outro para disputar a freada. Muitas vezes o que acontece é que o carro passa reto ou ocorre o toque", analisa Rosinei Campos, o Meinha, chefe da EurofarmaRC, equipe com sede em Curitiba e que tem como pilotos Cacá Bueno e Antônio Jorge Neto.
Para a segunda etapa da temporada, haverá ainda um aumento de carros no grid de largada. Serão 43, o número máximo permitido pela FIA, que para definir esse limite leva em consideração, principalmente, a largura da pista. Outra mudança ocorrerá nos treinos classificatórios. Serão apenas duas sessões de 90 minutos, uma hoje e outra amanhã. Em cada uma delas cada carro poderá dar apenas 15 voltas na pista, sob pena de perder seu melhor tempo se ultrapassar esse limite.
Serviço: Os treinos livre e a primeira sessão oficial da Stock Car serão realizados hoje, das 8 às 17 horas. Os ingressos para amanhã e sábado custam R$ 15 e estão à venda nos Postos Texaco, concecionárias Chevrolet, lojas Bosch Service e na bilheteria do Autódromo.
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