Um jogo de xadrez só pode parecer uma coisa tediosa e lenta para quem não sabe do que está falando. Bobby Fischer já disse que se trata de um jogo cujo objetivo é "esmigalhar o intelecto do adversário". Nada amistoso.
Em fevereiro, na Holanda, pude assistir à penúltima rodada do torneio de Wijk aan Zee (parte, com Linares e Dortmund, do grand slam do xadrez). Se o jogo entre Topalov e Anand (números 1 e 2 do mundo) acabou em um empate manso em que ninguém quis arriscar (os dois acabaram ganhando, empatados, o grupo A), e se o brasileiro Vescovi acabou perdendo com as brancas, o mesmo grupo B (no jogo que aconteceu bem na minha frente, entre o prodígio Carlsen e o segundo de Topalov, Cheparinov) gerou um dos eventos esportivos mais emocionantes que eu já vi. Um empate duro, suado, cascudo. Os dois controles de tempo (quando os jogadores costumam ter quase nada no relógio e muitos movimentos para fazer) foram incrivelmente apertados. Gente que não se conhecia, assistindo, trocou olhares e suspiros quando eles completaram os 40 primeiros movimentos, ganhando mais tempo...
E o legal é que você não precisa dar a sorte de estar na Holanda, na Espanha, na Alemanha. Se o teu inglês é legal, você pode acompanhar tudo quanto é jogo, ao vivo, direto da tua casa. Vários sites acompanham as partidas, às vezes com comentários de um Grande Mestre.
Mas o mais bacana mesmo costuma se ver os jogos em www.chessgames.com, onde, com a transmissão, você acompanha os kibitzes, comentários de jogadores de todos os níveis, de todo o mundo, para cada momento da partida. E os kibitzes são muitas vezes divertidíssimos. Mesmo que você seja (como eu) o maior dos patzers (jogadores vagabundos..), eles te ajudam a entender melhor porque aquele cara fez aquele lance e, de quebra, tiram uma da cara dos jogadores quando eles merecem.
E corra. O cadastro (até para participar das discussões) é de graça (mesmo). E Sófia começa mês que vem! Com Topalov e Anand!
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