O São Caetano se prende aos números para ainda sonhar em chegar ao G-4 da Série B do Campeonato Brasileiro e conseguir, com isso, o retorno à Primeira Divisão. O Ceará também. Na tarde deste sábado, no Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul, os dois continuaram longe da briga. Com o empate de 2 a 2 - gols de Marco Aurélio e Tuta para o Azulão e Cadu e Charles Chad para o Vovô -, mantiveram-se no nono e décimo lugares, respectivamente, com 47 e 45 pontos. O Azulão, que virou a partida mas cedeu o empate no fim do jogo, está a oito pontos do Santo André, o quarto colocado.

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Na próxima rodada, a 34ª, o Azulão, que poderia ter passado a Ponte Preta na tabela e reduzido a diferença para o Santo André a seis pontos, vai a Curitiba enfrentar o Paraná, na terça-feira. Na sexta-feira, o Vovô recebe o Bragantino, outro postulante ao sonho de subir.

Gols no início

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Com responsabilidade maior de buscar a vítória por atuar em casa, o Azulão entrou ofensivo, mas encontrou um adversário bem armado na defesa e esperando o momento certo de dar o bote. E foi assim que o Ceará abriu o placar logo no início do jogo. Aos oito minutos, num contra-ataque Cadu aproveitou o buraco deixado pela defesa do São Caetano. Arrancou pela meia esquerda, cortou para o meio e bateu rasteiro, da entrada da área, à direita de Luís, que nada pôde fazer.

A vantagem conseguida pelo Vovô não durou muito tempo. O São Caetano não se abateu com o gol sofrido e, num lance de bola parada, chegou ao empate aos 14 minutos. Andrezinho cobrou falta na trave. No rebote, Marco Aurélio surgiu de surpresa e empurrou para as redes, empatando a partida.

O jogo ficou movimentado. O Ceará perdia o meio-campo, e o Azuião passou a explorar mais as laterais. Afinal, a jogada aérea, especialmente para o atacante Tuta, é uma das armas do time. Só que quem teve a grande chance de virar a partida foi Luan. Mas, de cara para o gol, após centro na medida da esquerda, o camisa 11 bateu de primeira para fora, isolando a oportunidade aos 24 minutos.

Vovô contundido

Pouco depois, aos 36, em outra jogada pela esquerda, Tuta fez o seu dever de casa. Subiu no vigésimo andar e testou firme, mas encontrou o goleiro Adílson pela frente, que fez grande defesa e tocou para escanteio. O técnico Vadão lamentou. Mas do outro lado, Lula Pereira sentia mais ainda pela falta de sorte. Por motivo de contusão, já havia trocado Ederson por Vavá. No fim do primeiro tempo, Vavá também sentiu. Entrou outro atacante, Charles Chad, que ainda conseguiu cavar uma falta no fim do primeiro tempo. Nada que mudasse o placar de 1 a 1. "Foi muita falta de sorte termos que fazer duas substituições no primeiro tempo por contusão. Fora que começamos bem o jogo e cedemos o empate. Mas agora, no vestiário, vamos conversar para corrigir as falhas", disse Cadu, autor do gol do Vovô.

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O outro artilheiro da partida, o zagueiro Marco Aurélio, primou pela sinceridade.

"Estamos jogando mais pelo coração. Na verdade, não fizemos o que o treinador pediu", afirmou.

Empate no fim O que tiver sido dito no vestiário motivou os times, que entraram no segundo tempo mais ofensivos e objetivos. Aos seis minutos, Tuta teve mais uma vez a chance de sair para o abraço ao limpar na área e bater. Só não esperava que o bravo Chicão, de carrinho, desviasse a bola. Pouco depois, aos nove, a chance foi para o Vovô. Charles Chad arrancou em velocidade e bateu cruzado. Luís espalmou, e a bola ia morrendo no gol quando o goleiro voltou e salvou novamente.

Um gol perdido assim como o desperdiçado pelo Vovô pode decidir uma partida. O Azulão não tinha vergonha em mostrar sua dependência nas bolas aéreas. E com o pedido do técnico Vadão para que Rafinha abrisse mais pelas laterais, a jogada mortal funcionou. Em centro pela direita, Tuta não perdoou: testou firme, virando a partida aos 19 minutos.

Com a derrota amadurecendo, o Ceará precisava se lançar ao ataque. Jorge Guerra e Sérgio Alves bem que tentavam organizar o time. A defesa do Azulão até que ajudava. Chicão perdeu duas oportunidades de empatar a partida.

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O técnico Vadão percebeu o perigo iminente e trocou o camisa 10 Rafinha por Galiardo, para dar melhor marcação ao meio-campo. A zaga, no entanto, continuava vulnerável. E acabou entregando o ouro aos 43. Em centro pela esquerda, Charles Chad pulou mais alto que a defesa do Azulão e empatou a partida, deixando o sonho para os dois clubes de voltar à Série A ainda distante de ser concretizado