Quase três meses antes de o Campeonato Brasileiro acabar, René Simões atacou de profeta e previu que o Atlético-GO não seria rebaixado. Neste domingo, o treinador mostrou que pode ser vidente nas horas vagas. Com o sofrido empate por 0 a 0, em Salvador, o Dragão conseguiu se manter na elite do futebol nacional e rebaixou o Vitória para a Série B diante de um Barradão lotado. Choro baiano, festa goiana!
Com o resultado, as duas equipes terminam a competição com 42 pontos, mas com vantagem no número de vitórias para o Atlético-GO 11 contra nove. Assim, o Vitória se junta a Guarani, Goiás e Grêmio Prudente no grupo dos quatro clubes que disputarão a Segunda Divisão na temporada 2011.
O Atlético-GO, aliás, comemora como um milagre a permanência na Série A. O clube iniciou o Brasileirão com uma pífia campanha, permanecendo entre os últimos durante boa parte do primeiro turno. Entretanto, com a reação na segunda metade, conseguiu deixar a zona da degola e ficar na elite por mais um ano seguido (subiu em 2009).
Já o Vitória fez o caminho inverso na classificação. O Leão realizou boa campanha no começo do torneio, chegou a brigar pelos primeiros lugares, mas despencou na tabela na reta final e não reagiu mesmo com a vinda do técnico Antônio Lopes. O clube regressa à Segundona depois de três anos (obteve o acesso em 2007). Para piorar, o rival Bahia está de volta à elite.
Primeiro tempo de pouco futebolDomingo de sol em Salvador, Barradão lotado, escalação com três atacantes e...nada do Vitória atacar. Apesar da necessidade de vencer para seguir na elite, o Rubro-Negro baiano começou a partida como se o rebaixamento não estivesse tão próximo. Nervoso e sem velocidade, o time pouco produziu no início da partida, aumentando o desespero do torcedor que compareceu em grande número.
O Atlético-GO fez aquilo que já era esperado. René Simões montou o Dragão com três volantes e não demorou a ganhar o meio de campo, controlando a partida. Faltou acreditar mais na vitória, principalmente pelo grande espaço dado pelo Vitória no campo defensivo. Marcão, aos dez minutos, criou o primeiro lance de perigo, chutando da intermediária, rente ao travessão do colombiano Viáfara.
Com a torcida a apreensiva e sem fazer a mesma festa do início da partida, o Vitória tentou responder imediatamente, mas faltou calma e precisão. Henrique, aos 16, arriscou de fora da área e levou perigo. Pouco depois, aos 21, foi a vez de Adaílton receber de Nino na área e, de bico, mandar pela linha de fundo.
A melhor oportunidade do Vitória surgiu aos 35, com Anderson Martins cabeceando rente à trave após cobrança de falta. Dois minutos mais tarde, o Atlético-GO reclamou de um pênalti do goleiro Viáfara no atacante. A arbitragem nada marcou. Juninho, aos 38, também desperdiçou após falha da defesa baiana.
Vitória joga no desespero, mas cai
Na volta do intervalo, a torcida fez o papel dela ao empurrar o Vitória. Elkeson entrou no lugar de Adaílton e a equipe ganhou em velocidade. Com menos de um minuto, Júnior girou sobre a marcação na área e bateu rasteiro. Márcio defendeu. Aos oito, o mesmo Júnior cabeceou uma bola levantada da direita e quase abriu o placar.
Na sequência, o Atlético-GO perdeu a maior chance do jogo. Anderson Martins furou e Juninho avançou em disparada. O atacante driblou Viáfara na área e, com o gol vazio, chutou. Neto Coruja apareceu e tirou a bola praticamente sobre a linha. Alívio no Barradão, desespero de René Simões no banco de reservas.
Insatisfeito com a produtividade do meio de campo, Antônio Lopes sacou Fernando para colocar o veterano e ídolo da torcida Ramon. Apesar de melhorar a qualidade do setor, o Vitória continuou jogando desordenadamente. Elkeson e Henrique tentaram dar velocidade e abrir espaços na defesa para Júnior. Nada de construtivo.
Explorando os contra-ataques, o Atlético-GO teve outra boa chance de marcar e praticamente garantir a prrmanência na elite. Aos 28, Elias recebeu passe sem marcação na área e, como um pênalti, concluiu. A bola explodiu no peito de Neto Coruja e saiu pela linha de fundo. Viáfara voltou a aparecer fazendo outras duas boas defesas em finalizações de Juninho e Marcão praticamente à queima-roupa.
A situação baiana piorou ainda mais aos 37, com a expulsão de Gabriel após cometer falta violenta sobre Anaílson. A torcida rubro-negra bem que tentou empurrar a equipe para o gol salvador. De qualquer jeito, o Vitória partiu para o ataque. Até o goleiro Viáfara se arriscou, mas o Atlético-GO, bem fechado na defesa, segurou o placar e se manteve na Primeira Divisão.
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