• Carregando...

Federação lava as mãos

O superintendente da Federação Paranaense de Futsal, Antônio Moreira, diz ter escutado um boato sobre a acusação e que, por conta da falta de provas, nenhuma medida será tomada. "A arbitragem, que é de Curitiba, nos relatou que não houve nada e que o gol foi legítimo. Por isso, se não temos provas, não podemos fazer nada. Não se pode levar um boato adiante", afirma.

Em contrapartida, Nelsinho cobra um posicionamento por parte da Federação. "Foi muito clara a tentativa de compra, os mesários observaram o tempo inteiro a insistência do Palotina e espero que haja uma punição. Nunca, em meus 15 anos atuando como atleta e treinador, passei por uma situação dessas", lamenta. (LA)

A disputa está tão acirrada pela última vaga na segunda fase do Campeonato Paranaense de Futsal que há denúncias de tentativas de decidir a situação fora de quadra.

Os dirigentes do Santa Paula, de Ponta Grossa, contam que receberam propostas para ceder o empate ao Palotina durante jogo realizado no sábado, em Guarapuava. O time dos Campos Gerais, já classificado, perdeu o mando de jogo por causa de confusões entre jogadores e torcida na semifinal da série Prata, em 2006.

O técnico do Santa Paula, Nélson Bavier, disse ter sido procurado por Alexandre Buffulin, técnico do Palotina, durante o intervalo da partida, pedindo para que o resultado do jogo – que estava empatado por 1 a 1 – fosse mantido. "Ele disse para mim e para alguns jogadores que estavam próximos, que seria melhor, para os dois times, se houvesse empate no jogo", acusa.

Nelsinho, como é conhecido pela torcida, afirma ter ignorado a insinuação. Mesmo assim, Alexandre teria, ao longo do segundo tempo, pedido, em forma de sinais, para que o Santa Paula "facilitasse". "Quando retornamos para o segundo tempo, o Santa Paula saiu na frente e fez dois a um, a partir daí, o Alexandre, insistentemente, começou a fazer sinal para que facilitássemos, mas, outra vez, foi ignorado", relata.

Nelsinho nega que o Santa Paula tenha atendido a proposta ao ceder o empate no último minuto de jogo. O supervisor do time, Claudinei Costa, também afirma não ter feito qualquer acordo com relação ao resultado e atribui o empate insatisfatório à má atuação da equipe e aos desfalques – o time estava com dois titulares suspensos e dois machucados.

"O técnico do Palotina chegou até mim informando que tudo já estava certo com os dirigentes do time, mas eu não dei seqüência no assunto. O próprio Nelsinho não confirmou isso e jogamos normalmente. O empate foi uma triste coincidência", diz.

Indignado com as declarações de Nelsinho e de Claudinei, o técnico do Palotina, Alexandre Buffulin, afirmou estar surpreso. "Não os procuramos em momento algum e não propusemos nenhum tipo de acordo, muito menos em dinheiro, já que as condições financeiras do Palotina não são boas", justifica.

Ele classifica as afirmações como mentirosas, mas revela que, durante o intervalo do jogo, uma brincadeira pode ter dado margem às acusações. "Brincamos com os jogadores do Santa Paula dizendo que o empate seria bom. Mas foi uma brincadeira, até porque se quiséssemos fazer acordo teríamos ligado para o pessoal do Santa Paula durante a semana".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]