A noite que era para ser de festa para o zagueiro Manoel, após a vitória do Atlético Paranaense sobre o Paraná, na Vila Capanema, acabou em problemas, Polícia Militar acionada e um grande susto. Longe de Curitiba para a estreia do rubro-negra na Copa do Brasil, nesta quarta-feira, o atleta está naturalmente blindado de ter de falar com a imprensa sobre as ameaças e perseguição de que foi vítima nas últimas horas de domingo.
Em Cuiabá-MT, primeira parada rubro-negra antes do jogo contra o Vilhena, na cidade que leva o mesmo nome, em Rondônia, o zagueiro não se manifesta. Mas o empresário Neco Cirne confirma o caso e tranquiliza os torcedores. Ainda sem ter muitas informações do ocorrido, garante que Manoel está bem e sem traumas.
"O Manoel está tranquilo. Com certeza deve ter sido um torcedor querendo fazer cobranças. Quando o jogador começa a despontar, está sujeito a isso. Não acredito que ele tenha se envolvido em confusão com outro fundo. Ele é muito sossegado para isso e sempre tem orientação de jogadores mais experiente do Atlético", assegurou Neco.
Enquanto isso, versões contraditórias e uma história intrigante envolvem o nome de Manoel em Curitiba. Nos bastidores corre a versão de que a confusão teria uma mulher envolvida.
A Polícia Militar não revelou detalhes da ocorrência, mas confirmou que ficou mais de uma hora à procura do suspeito na região do Sítio Cercado. O homem teria tentado invadir o CT do Caju após o zagueiro voltar para a concentração.
"Não podemos dar detalhes da conversa dos policiais com o jogador, só podemos informar o que está no boletim de ocorrência, que é um documento interno e não pode ser divulgado publicamente", disse a assessora de imprensa da PM, Márcia Santos ao confirmar horário, local e nome da vítima atendida.
A versão de que tudo teria ocorrido por volta da meia-noite só foi confirmada no final da manhã desta segunda-feira. Antes, enquanto a Polícia Militar afirmava que fora acionada às 20 h de domingo, Ocimar Bolicenho, diretor de futebol do Atlético, explicava que tudo ocorrera à meia-noite.
No final da tarde, a PM passou a divulgar o mesmo horário citado pelo dirigente. O motivo da perseguição, porém, seguiu com duas versões diferentes. Ocimar negou que a ameaça tenha sido dirigida, tratando-se de um homem embriagado fazendo arruaça na frente do CT, se dizendo armado. Pela PM, o homem em questão procurava por um determinado atleta.
"A polícia foi acionada porque o homem queria invadir o CT para 'pegar' o jogador profissional de nome Manoel. Mas ao chegar lá já não havia mais ninguém. Por uma hora os policiais buscaram o suspeito na região, mas ele não foi encontrado", detalhou Márcia.
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