Um dos sócios da empresa que administra a carreira do meia-atacante Zé Roberto, Antonio Gustavo Amorim condenou a atitude da diretoria do Botafogo, que afastou o jogador e desde então vem fazendo críticas sistemáticas ao atleta e seus representantes.
Segundo o empresário, os dirigentes botafoguenses agem dessa forma para encobrir sua falta de habilidade na negociação para a permanência de Zé Roberto no clube, cujo contrato se encerra em dezembro deste ano.
- O Carlos Augusto Montenegro (vice de futebol) e o Bebeto de Freitas (presidente) ficam dizendo que não conseguiam falar comigo e meus sócios. Mas a verdade é que desde o início do ano nós realizamos pelos menos três reuniões e eles sempre faziam promessas que não eram cumpridas, como o pagamento de um valor de luvas a que o jogador tinha direito - revela.
Amorim acredita ainda que a decisão de afastar Zé Roberto foi motivada pela assinatura, há alguns dias, de um pré-contrato com outra empresa que realiza intermediação de transferências de jogadores entre clubes brasileiros e do exterior.
- Com esse contrato, firmado dentro do período de seis meses que antecede o término do compromisso com o clube, conforme estabelece a legislação, o Zé Roberto recebeu uma boa soma em dinheiro e ainda ficou com os direitos de 30% sobre qualquer transação que a empresa realizasse - afirma.
Dessa forma, conforme o empresário, a diretoria do Botafogo se aproveitou de uma situação para dar uma espécie de troco ao jogador.
- De fato, o Zé Roberto chegou atrasado ao treino, mas isso já havia acontecido outras vezes e também com outros jogadores do elenco e nunca eles (dirigentes) afastaram ninguém por causa disso. O pessoal do Botafogo usou aquela situação para se livrar do atleta e ao mesmo tempo joga-lo contra a torcida - finaliza o representante do meia.
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