Atualizado às 19h05
O empresário Nagib Fayad, acusado de ser um dos mentores do esquema de manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro, afirmou nesta quarta-feira em depoimento à Polícia Federal, na CPI dos Bingos, em Brasília, que a partida entre Botafogo e Juventude, em 11 de junho, pode ter sido "contaminada " pelo árbitro paranaense Heber Roberto Lopes.
Na ocasião, o time carioca aproveitou o mando de campo e venceu por 3 a 2 após estar perdendo por 2 a 0. O Botafogo teve dois pênaltis assinalados a seu favor na partida. No primeiro, Alex Alves converteu, mas Heber mandou que a cobrança fosse repetida. Em seguida, o atacante do Botafogo voltou a fazer, empatando o jogo em 2 a 2. Depois, o árbitro marcou outra penalidade para o Alvinegro e Alex Alves marcou novamente.
Segundo Gibão, o então árbitro Edilson Pereira de Carvalho, outro envolvido no escândalo, o procurou antes do jogo Botafogo x Juventude. Edilson teria afirmado que ele não era o árbitro da partida, mas que a vitória do time do Rio seria certa.
"O Edílson me ligou e disse o seguinte: "No jogo Botafogo x Juventude, aposte no mandante por que o juiz vai protegê-lo. Ele (Heber) costuma fazer isso quando apita jogos no Rio" - afirmou Nagib Fayad no depoimento.
Após o depoimento, porém, ele mudou a versão apresentada na CPI.
"O que eu quis dizer é que o Edílson me ligou e disse que os juízes costumavam favorecer os times do Rio quando eles jogavam em casa", disfarçou o empresário.
Gibão fez questão de destacar que não apostou na partida entre Botafogo e Juventude.
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