A esperada classificação da seleção brasileira feminina de basquete para os Jogos Olímpicos de Londres veio com mais facilidade do que o imaginado no Pré-Olímpico encerrado neste final de semana em Neiva, na Colômbia. Apesar do desfalque importante de Iziane, o Brasil sobrou, atropelou todas as adversárias e se garantiu em sua sexta Olimpíada seguida. Para o técnico Ênio Vecchi, foi fundamental o trabalho realizado por aquela que já havia sido responsável pelos melhores momentos do basquete feminino no Brasil: Hortência. Agora como dirigente, ela faz a ponte entre Confederação Brasileira de Basquete(CBB), jogadoras e comissão técnica.

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"Como (Hortência) foi uma das maiores do mundo, ela tem um melhor feeling, um melhor sentimento, sabe as necessidades dos técnicos, dos jogadores. Dá tudo que for preciso para a gente ter as condições ideais de treinamento", comentou o treinador, em entrevista à Rádio Estadão/ESPN. No masculino, a mesma função é realizada por Vanderlei, outro ex-jogador da seleção brasileira.

Logo após o título do Pré-Olímpico, ainda no ginásio em Neiva, Hortência garantiu que vai batalhar para trazer Érika de volta ao basquete brasileiro, de forma que ela possa participar do amplo planejamento de treinos e jogos amistosos antes de Londres. Melhor jogadora do Pré-Olímpico, a pivô do Atlanta Dreams só se juntou ao grupo brasileiro em Neiva, na véspera da estreia, porque seu time não a liberou antes do prazo estipulado pela Fiba (Federação Internacional de Basquete).

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"A Érika, por uma questão contratual, se colocou à disposição. Ela é um exemplo para todo mundo, não só no basquete, mas nos demais esportes. Mostrou patriotismo, esforço para estar presente um dia antes de começar a competição. Ela voltou um dia depois, menos de seis horas e ela estava pegando o voo de novo para cumprir contrato", exaltou Ênio Vecchi.

Companheira de Érika em Atlanta, Iziane não disputou o Pré-Olímpico. Diferentemente da pivô, que tem contrato longo, a ala aguarda uma renovação e não poderia abandonar usa equipe que disputava final de conferência na WNBA. Ênio Vecchi demonstra que aceita e respeita a decisão de Iziane, mas não garante que, chegando à seleção, ela tenha lugar cativo, como aconteceu com Érika.

"Temos que respeitar uma questão contratual, ela não poderia deixar o time naquele momento. Só o treinamento vai nos dar uma melhor referência. A gente não contesta sua qualidade técnica, mas o treinamento vai dizer muita coisa para a comissão técnica e a expectativa que a gente vai ter em relação a ela", comentou o treinador. Tanto Érika quando Iziane devem estar com a seleção brasileira nos Jogos Pan-Americanos, em Guadalajara.