Diego Armando Maradona é admirado pelos argentinos por sua carreira realizada principalmente ao longo dos anos 80. Mas, embora celebrem os gols e dribles de "El Pibe d'Oro" (O Garoto de Ouro) protagonizados no passado, os argentinos não gostariam de ver o ex-jogador no comando da seleção argentina. Isso é o que indica uma pesquisa realizada pelo jornal "Clarín", o principal do país, que sustenta que 69,5% dos argentinos prefere ver Maradona longe da seleção nacional.
Na semana passada, Maradona prontificou-se publicamente a ocupar o posto deixado por Alfio Basile, que renunciou ao cargo de técnico após a inesperada derrota diante do Chile, pelas Eliminatórias. As declarações de Maradona tiveram um imediato impacto na mídia.
Nos últimos cinco anos o ex-jogador passou por momentos turbulentos. Ele entrou em coma por causa de uma overdose de drogas; foi tratado dessa dependência em Cuba; sua mulher, Claudia Villafañe, cansada das idas e vindas do marido, divorciou-se dele; surgiram novas denúncias da existência de filhos ilegítimos, aos quais não reconhece; e voltou a ser internado por graves problemas hepáticos. No meio dos altos e baixos de sua saúde, Diego tornou-se um enfático defensor do líder cubano Fidel Castro (cuja imagem tatuou na panturrilha) e virou garoto-propaganda do presidente venezuelano Hugo Chávez.
Prestes a ser avô pela primeira vez (sua filha Giannina está grávida do atacante Agüero, da seleção e do Atlético de Madrid), e com planos de um novo casamento para breve (com sua namorada Verónica Ojeda), Maradona deseja coroar sua carreira com o posto de técnico da seleção. O ex-jogador - que até aceita dividir o posto com outro técnico - disse que sonha conseguir uma resposta até o dia 30, data de seu aniversário.
Maradona enfrenta a concorrência de diversos outros candidatos. Entre os nomes mais citados estão o de Miguel Angel Russo (do time San Lorenzo), Sergio Batista (campeão olímpico com a seleção sub-23) e Diego Simeone (River Plate). Outro forte candidato, o preferido dos analistas, é o ex-técnico do Boca Juniors e Vélez Sarsfield Carlos Bianchi.
Bianchi foi escolhido como o favorito por 49,4% dos entrevistados em uma pesquisa realizada pelo jornal "La Nación". Na mesma pesquisa, Maradona só conseguiu a adesão de 5,8%. No entanto, Bianchi mantém-se em silêncio, já que tem péssimo relacionamento com o presidente da o presidente da Associação de Futebol da Argentina (AFA), Julio Grondona. A definição sobre o novo técnico deve demorar. Diversas especulações indicam que ela só ocorreria a partir da segunda-feira que vem, dia 27. Nesse dia, Grondona voltará ao país proveniente de Zurique, onde participa ao longo desta semana da reunião da Fifa.
Reforma tributária eleva imposto de profissionais liberais
Dino dá menos de um dia para Câmara “responder objetivamente” sobre emendas
Sem Rodeios: José Dirceu ganha aval do Supremo Tribunal Federal para salvar governo Lula. Assista
Além do Google, AGU aumenta pressão sobre redes sociais para blindar governo