Enrico chegou ao Coritiba quanto tudo ainda eram trevas. Foi o primeiro reforço pós-rebaixamento e as perspectivas para 2010 não eram das melhores. Desconhecido do torcedor paranaense e vindo de uma passagem apagada no Vasco, poucos apostariam que, dez meses depois, o meia simbolizasse a versatilidade que marca o sucesso do Coxa na Série B.
Menos, é claro, ele próprio. "A minha expectativa era de acontecer o que está acontecendo, de a gente ser feliz no Paranaense e buscar o objetivo principal que é a Série A. Isso está perto, e quem sabe com o título", diz o mineiro de 26 anos, que rodou até pela Suécia antes de chegar ao Alto da Glória.
"Muito frio lá, peguei -20 graus. Não tem campeonato nessa época, mas foi uma experiência bacana", diz Enrico, sempre sorridente. O alto astral e um tique de falar a palavra "assim" entre as sentenças são marcas registradas dele.
Da Suécia, trouxe a esposa. "Ela é muito bonita, sou um menino sortudo!", brinca, lembrando que o futebol brasileiro ganhou lá a Copa de 1958 um ano depois, em uma excursão do Botafogo, Garrincha deixou um herdeiro naquelas bandas. "Quem acompanha futebol lá sempre comenta isso."
Fã de música eletrônica, Enrico foge um pouco do padrão dos jogadores. Tem tatuagens pelo corpo desde os 19 anos "umas dez eu acho" e após a sequência de jogos que o Coxa fará, irá retocar uma delas. A falta de tempo, aliás, o impede de desenvolver a habilidade como DJ.
"Eu me identifico com música eletrônica. No carro é só CD de tuchi-tuchi (risos). Eu tenho vontade de aprender um pouco, mas no ritmo que a gente vive, fica complicado. Penso em comprar uma aparelhagem", confessa.
Em campo, tem chamado a atenção pela versatilidade. Além de meia, sua posição original, já foi ala e atacante.
Natural de Belo Horizonte, começou no time do coração aos 11 anos, quando ainda era apenas um torcedor do Atlético-MG. "Era Galo mesmo!" A família segue por lá, menos o irmão-gêmeo, Fabrício. "Ele jogou bola até os 23 e acabou indo para os EUA, estudar e jogar pela faculdade", conta.
Hoje, seu contrato é com o Vasco da Gama, até o final de 2011. Enrico despista sobre as possibilidades de ficar em Curitiba. "Estamos todos focados na subida, mas espero que as coisas se resolvam bem para mim e para o Coritiba."
No que depender dele, a tendência é permanecer, até porque considera esse seu melhor momento na carreira. "Ano passado às vezes era titular, às vezes nem era convocado... O jogador não gosta de viver isso. Aqui no Coritiba tenho sido titular, mas mais para o final do ano a gente resolve isso."
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
Nova York e outros estados virando território canadense? Propostas de secessão expõem divisão nos EUA
Ação sobre documentos falsos dados a indígenas é engavetada e suspeitos invadem terras
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia
Deixe sua opinião