Os dois maiores rivais do futebol paranaense vivem uma situação diametralmente oposta na classificação das séries A e B do Campeonato Brasileiro.
No Recife o Coritiba fez de tudo para empatar o jogo contra o Sport e acabou castigado pelo gol pernambucano aos 47 minutos do segundo tempo. Quem renuncia o direito de ganhar dá chance para o azar. E o pênalti bem marcado foi o castigo que o Alviverde procurou pela insistente postura defensiva. Se tinha quatro pontos de vantagem sobre o próprio Sport, o abre alas da porta do rebaixamento, com a derrota chorada vê sua vantagem ser reduzida drasticamente para um escasso e miserável pontinho. Outra conspiração contra os coritibanos foi a vitória do Flamengo. O inferno está de portas abertas para o Coritiba. Já passou do purgatório.
O adversário feroz, Atlético, está de mãos prontas para abrir a porta do céu e voltar para a Série A. Derrotou um contendor direto pela vaga no G4. Não teve moleza contra o Ceará, até levou um susto com o gol de empate da equipe nordestina. Não se intimidou, partiu pra o ataque e fez o gol da vitória. Tão logo optou por reforçar o elenco e se desfazer de jogadores inservíveis o Rubro-Negro passou a conquistar pontos valiosos, sob o comando de um quase desconhecido dos atleticanos, Ricardo Drubscky. O esforço do Atlético foi além do time ao tomar a inteligente decisão de mandar seus jogos diurnos em Curitiba, no ampliado estádio do Jotinha. Ali os jogadores são mais cobrados, mas, com a mesma intensidade, mais estimulados pela torcida. Jogando com a determinação que tem marcado a equipe e com a convicção que pode voltar à Série A. O Atlético já está enxergando o céu pela abençoada fresta do portal que leva ao paraíso.
A vida dos grandes rivais está em campos opostos, entre o céu e o inferno.
Paraná liquidado
O Tricolor alimentou sonhos, voltou à divisão principal do futebol paranaense, mas não teve forças técnicas para subir degraus mais altos para disputar um lugar aconchegante perto do G4. Está literalmente fora do embate pela Série A.
Resta ao Paraná fazer o máximo para ficar na Série B, lugar que para ser preservado requer muito trabalho. E será assim por algum tempo enquanto os paranistas não possuírem ferramentas financeiras para virar o jogo. Uma pesarosa situação.
Omissão eleitoral
Até parece que os curitibanos não gostam de esporte, futebol principalmente, e cultura. Os candidatos não discutiram nada sobre o potencial construtivo que está sendo aplicado em obra particular, um ginásio de esportes decente para outros esportes, espaços para a ocupação do corpo em exercícios físicos. No ambiente cultural também a omissão é geral.
É falta de imaginação ou receio de contrariar interesses?