Mais de um ano após o Escândalo do Apito ter colocado em xeque a credibilidade da arbitragem no futebol brasileiro, os acusados de manipulação de resultados em jogos do Paulistão, Brasileiro e até da Copa Libertadores (edições de 2005) aguardam decisão da Justiça em liberdade. De acordo com um promotor do Ministério Público de São Paulo, José Reinaldo Guimarães Carneiro, os sete réus já foram interrogados, restando agora as declarações das testemunhas de acusação e defesa, além da decisão do juiz.
Os acusados são os árbitros Edílson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon, além de Nagib Fayad, Vanderlei Antonio Pololi, Daniel Gimenes¸ Fernando Francisco Catarino e Pedro da Rocha Brites. Eles são acusados de estelionato e formação de quadrilha.
Caso condenados, os acusados podem pegar cinco anos de prisão em regime fechado ou aberto, cabendo a decisão final ao juiz responsável pelo caso.
Quando as gravações telefônicas autorizadas pela Justiça foram divulgadas, revelando um esquema de armação de resultados, os envolvidos foram presos, mas soltos pouco tempo depois. Isso porque não se trata de crime com violência ou grave ameaça à outra pessoa.
Carneiro diz que há como prever a data em que sairá a decisão final, mas garante que tudo está sendo feito o mais rapidamente possível, sem atropelar os direitos de defesa dos acusados.
O pivô do escândalo, Edílson Pereira de Carvalho, também responde por crime de falsidade ideológica, por ter fraudado um documento de trabalhador autônomo de técnico de telefone, apresentado na Federação Paulista de Futebol (FPF). Isso porque qualquer árbitro profissional precisa ter uma outra profissão.
Na época do escândalo, Edílson era do quadro da Fifa. Ele acabou perdendo, de forma irrecorrível, o direito de apitar jogos de futebol. Recentemente, o ex-árbitro lançou o livro, "Cartão vermelho", contando toda a sua versão sobre o escândalo e por que aceitou entrar para a organização que manipulava resultados.
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