USF1 mantém suspense sobre os pilotos
O diretor esportivo Peter Windsor citou Marco Andretti, da Indy, filho do campeão Michael e neto do lendário Mario. Graham Rahal, filho de Bobby Rahal, também corre na Indy e pode ser uma das opções. A musa Danica Patrick também foi rapidamente mencionada.
"Os pilotos vão ser a parte mais divertida, né? Já mencionamos Marco, e nem falamos de Graham Rahal, outro piloto que está aí e é filho de um astro americano. Há tantas coisas ótimas para decidir que eu mal posso esperar pela próxima reunião", afirmou Windsor.
Enquanto a equipe anunciava seus planos por um canal de TV, Danica Patrick comentava a possibilidade de trocar a Indy pela F-1.
"Não é a primeira opção da minha lista, mas conversas não matam ninguém", despistou.
Mario Andretti, último americano a ganhar um título na F-1, em 1978, fez campanha pelo neto: "Se eu pensasse na criação de um piloto de Fórmula 1 hoje, pensaria em Marco", afirmou.
Marco e Danica têm contrato com a Indy até o fim deste ano. A decisão sobre o motor também está aberta. A equipe vai mandar propostas para todos os fabricantes e acredita que os Estados Unidos são um bom mercado para Mercedes-Benz, Toyota e BMW.
"Hoje, o maior mercado para os fabricantes de motor da Fórmula 1 está nos Estados Unidos. A única exceção é a Renault, mas como eles têm uma parceria com a Nissan, também faria sentido comercialmente", explicou Ken Andersen, diretor da USF1.
Enquanto a temporada 2009 da Fórmula 1 sofre com a crise financeira internacional, o campeonato de 2010 já vive sob o signo do crescimento. Pelo menos no número de equipes. A USF1, escuderia americana que vai entrar no circo daqui a um ano, anunciou seus planos oficialmente nesta terça-feira. Os dirigentes prometeram um drible na falta de dinheiro e, mais que isso, garantiram que a crise pode ser uma aliada.
A alegação é que, em tempos de ajustes financeiros na F-1, ficou mais fácil ingressar na categoria, sem a necessidade de orçamentos faraônicos.
"Do jeito que a FIA encarou a recessão e mudou a maneira como uma equipe ingressa na Fórmula 1, o custo para montar uma equipe mudou drasticamente. Esqueça o passado, esqueça os orçamentos de US$ 100 milhões. Nos próximos três ou quatro anos isso vai mudar muito, e esta é a nossa hora", explicou Peter Windsor, diretor esportivo da USF1.
Windsor afirmou que, ironicamente, seria muito difícil para a nova equipe ingressar na F-1 se os tempos fossem de bonança financeira.
"Tem algo irônico sobre a recessão. Se estivéssemos em um período de dinheiro caindo do céu, haveria uma fila de equipes querendo entrar na categoria, e vários multimilionários seduzidos pelo glamour. Então seria muito difícil, para caras como nós, criar uma equipe de forma eficiente", contou.
A USF1 não deu prazo para o anúncio de decisões importantes, como a dupla de pilotos e a escolha do motor.
"Temos um orçamento e vamos gastá-lo da maneira correta, anunciando esses objetivos quando eles tiverem de ser anunciados. Não há uma ordem de tempo para tomarmos decisões sobre motor, pilotos, sede na Europa, sede nos EUA, patrocinadores. Vamos fazer tudo isso ao longo de 2009", anunciou Windsor.
Semente da nova equipe americana foi plantada em 2006, no GP do Brasil
Peter Windsor revelou no lançamento da escuderia que a primeira conversa com Ecclestone sobre a inclusão de um time dos EUA no circo da F-1 aconteceu em 2006, durante o Grande Prêmio do Brasil.
"A primeira vez que eu falei com o Bernie sobre isso foi no Brasil, em 2006. Ele manteve seu comportamento típico e me disse: "Ótimo, faça o trabalho". Naquele dia, eu falei "ok" e fui em frente", explicou Windsor.
A equipe afirmou que o lançamento do projeto para 2010 tem total apoio não só de Ecclestone, mas também do presidente da FIA, Max Mosley.
"A FIA também tem sido informada sobre todos os detalhes nos últimos seis meses. Imediatamente eles aceitaram o modo como a gente está conduzindo o processo", afirmou.