O Kers, sistema que armazena a energia criada nas freadas dos carros e a transporta para o motor, pode retornar à Fórmula 1 na próxima temporada. O dispositivo foi descartado no último ano por ser muito caro, mas pode voltar em uma versão mais barata e potente.
"Basicamente, a Ferrari e a Renault apresentaram propostas de produzir um Kers por menos de um milhão de euros", explicou ontem o diretor técnico da Williams, Sam Michael.
"Isso foi aceito, mas o que as escuderias estão dizendo é que a menos que aumentem a energia de 400 kilojoules a até 600 ou 800, tornando o sistema mais eficiente, não se comprometerão em fazer os Kers", comentou.
O dispositivo ajudou McLaren e Ferrari a vencer corridas na última temporada, mas consumiu entre 10 e 20 milhões de euros. Acabou sendo descartado uma vez que a Fórmula 1 passava por um momento de corte de gastos, em consequência da crise financeira mundial.
Ainda que o Kers continue liberado pelo regulamento e tenha o apoio do corpo administrativo da categoria, as equipes concordaram em não usá-lo pelo resto do ano.
"Creio que em Barcelona (o próximo GP, no dia 9 de maio) a Fota (associação de equipes da Fórmula 1) irá tomar uma decisão sobre o uso do Kers para 2011. Tudo ainda está meio nebuloso no momento", disse Michael. "Muitos carros de rua estão andando com Kers agora, então faz sentido que a F-1 também tenha", completou.