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Equipes da Volta da França afirmaram nesta quarta-feira (24) que vão bancar uma auditoria externa para conter os casos de doping na tradicional competição e recuperar a credibilidade do ciclismo, após a cassação dos sete títulos do norte-americano Lance Armstrong, nesta semana.

A iniciativa foi anunciada por Jean-Rene Bernardeau, diretor esportivo da equipe Europcar, e Jonathan Vaughters, da Garmin-Sharp-Barricuda. Eles confirmaram que vão ajudar a pagar por uma auditoria que avalie como o ciclismo tem obtido sucessos e falhas na luta contra o doping.

"Todo mundo no esporte tem interesses intrínsecos. Mas uma comissão independente pode observar melhor e dizer 'vocês estão indo bem nesta parte, mas precisam melhorar nesta outra' e assim por diante", comentou Vaughters.

A iniciativa vai ao encontro das ideias do diretor da Volta da França, Christian Prudhomme, que sugeriu a criação do Movimento por um Ciclismo Confiável, nesta quarta, ao apresentar oficialmente a 100.ª edição da prova, em Paris.

Para o dirigente, o movimento promoveria um sistema antidoping mais rígido do que o da União Ciclística Internacional (UCI) e da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). Prudhomme pediu ainda maior empenho dos diretores das equipes na tentativa de coibir a utilização de substâncias proibidas.

A reação contra o doping surge na esteira do banimento de Lance Armstrong, na segunda-feira, por decisão da UCI, referendando extenso relatório da Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada) divulgado há duas semanas. Nele, a entidade apresenta diversos testemunhos para condenar e cassar os títulos do famoso ciclista.

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