São Paulo No próximo dia 8 de junho, cumpre-se dez anos da primeira conquista de Gustavo Kuerten em Roland Garros. O sonho da época era que o tênis se transformaria em esporte nacional. Mas hoje não restou nenhuma herança. A modalidade no Brasil está minguando e não há sequer um tenista entre os cem primeiros do ranking mundial.
Os principais tenistas brasileiros da era Guga, como André Sá (de 30 anos como Kuerten), Flávio Saretta e Ricardo Mello (ambos com 26) chegaram a tirar proveito nos momentos áureos. Os três estiveram entre os 50 primeiros do ranking mundial, mas a promessa de uma seqüência de bons resultados não apareceu. O próprio Fernando Meligeni, contemporâneo de Guga, também foi contagiado pelo clima de confiança gerado pelas conquistas do catarinense."Eu vinha jogando bem, mas ganhei um impulso com a convivência com Guga", recorda.
"O tênis passou por uma mudança incrível", lembra André Sá. "Quando comecei a treinar e ia para o clube de ônibus com minha raqueteira, as pessoas perguntavam se eu tocava violão. Depois de Guga, todo mundo sabia o que eu fazia." A tão esperada geração de astros, porém, não surgiu. Nada de exército argentino ou armada espanhola.
Para o especialista Marcelo Meyer, é um fenômeno natural. "Isso já aconteceu com a Suécia, que depois de Bjorn Borg, Mats Wilander e Stefan Edberg não tem praticamente mais ninguém. A Alemanha de Boris Becker, Michael Stich e Steffi Graf, hoje conta com um tenista sem expressão como Tommy Haas." Meligeni não se consola de acusa a falta de investimentos. "Não formamos técnicos nem professores. Diferentemente do vôlei, que soube aproveitar seu bom momento para se tornar uma potência."
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