Pela segunda Olimpíada seguida, o Brasil fica sem medalha no hipismo. Ontem, na final dos saltos individual, o país desperdiçou a última possibilidade de subir ao pódio. Rodrigo Pessoa e Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, fizeram uma primeira rodada regular, mas, com as falhas da segunda sessão, ficaram longe dos primeiros lugares na pista de Greenwich Park.
O ouro ficou com o suíço Steve Guerdat. Após uma disputa de desempate, o holandês Gerco Schroder terminou com a prata e o bronze. Já o irlandês Cian OConnor foi bronze.
Doda, com seu cavalo Rahmannshofs Bogeno, ficou no modesto 12.º lugar geral, empatado com outros quatro conjuntos. Ele somou quatro erros na primeira apresentação e cinco na segunda (quatro por ter derrubado um obstáculo e um por ter estourado o tempo).
Já Rodrigo Pessoa foi ainda pior, fechando a Olimpíada na 22.ª colocação, na lanterna entre os finalistas. Ele até começou a disputa animado com a primeira rodada, em que ele e seu cavalo Rebozo foram penalizados com quatro pontos. Mas, na segunda volta, derrubou três obstáculos e perdeu outros 13 pontos. "Estou desapontado por no final ter perdido tantos pontos. Pelas circunstâncias, o que meu cavalo fez foi tremendo. Faltou um pouco para ele aguentar fazer a segunda passagem", afirmou o campeão em Atenas-2004.
Sem pódio nos Jogos de Londres, os cavaleiros brasileiros já miram a Olimpíada do Rio-2016. E dizem que, para o Brasil ter uma equipe competitiva em casa, é preciso investir em cavalos. "Precisamos trabalhar seriamente para ter mais cavalos bons. Os proprietários não são brasileiros, só alguns, a maioria é de americanos. Achar cavalos dessa qualidade é complicado. Precisamos de qualquer investimento, privado, comercial, doação. Os preços são altos, mas precisamos encontrar animais à altura dos nossos cavaleiros", afirmou Rodrigo Pessoa. "Estou falando de investimento de um, dois, três, quatro milhões de euros. O atleta precisa ter um, se possível dois cavalos desse nível. Hoje, o hipismo é 70% cavalo e 30% cavaleiro", emendou.
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