Teresópolis, RJ (AE) Sobrou para Émerson. A decisão de escalar Robinho junto com Kaká, Ronaldo e Adriano na partida com o Chile fará com que o volante da seleção se esforce em dobro para fazer seu trabalho. O jogador se diz acostumado a carregar esse piano e não se incomoda com o fardo, pois sabe que a vitória vale passagem para a Alemanha.
"Estou acostumado a marcar e a correr pelos atacantes. Assim, eles têm mais tranqüilidade para fazer os gols. Todos sabem também que quando o Brasil não estiver com a bola, deve haver o mínimo de sacrifício de todos", disse o volante, que não pensa em fazer planos para o Mundial, embora saiba que tem lugar no grupo de Parreira.
"Em 2002, fui cortado faltando um dia para a estréia do Brasil, quando me machuquei num treino. Agora, quero viver cada dia a seu tempo", comentou.
Zé Roberto o ajudará nessa função. O jogador já foi orientado a não avançar como sempre faz. Parreira comandou nesta quarta à tarde seu primeiro coletivo na Granja Comary. Foram 45 minutos de bola rolando, com Kaká começando pela direita e Robinho pela esquerda. "Vamos iniciar dessa forma, mas isso não quer dizer que eles estarão presos ao esquema. Quero o Robinho se movimentando o tempo todo", disse o técnico.
Parreira afirmou que o principal objetivo foi fazer com que o time jogasse num espaço curto, com toques rápidos. Pediu também para que todos se empenhassem em roubar bolas. Para complicar a disputa, pensando, claro, na retranca chilena, Parreira montou a equipe reserva com cinco jogadores de marcação no meio: Juninho Pernambucano, Gilberto Silva, Ricardinho, Renato e Júlio Baptista.
Sobre a dupla Ronaldo e Adriano, o treinador disse que eles têm tudo para dar certo contra o Chile, mesmo reconhecendo o pouco tempo de entrosamento. "O Ronaldo cai mais pelo lado direito. O bom é que teremos dois atacantes que sabem fazer gols. Quando um não marca, o outro marca", disse.
Parreira teve uma reunião com o elenco em que pediu concentração total para o jogo de Brasília. Não quer saber de deixar escapar a vaga com antecedência. "Pedi para que eles focassem a atenção apenas na partida contra o Chile. Eu vivi o inferno em 1993, quando o time estava ameaçado de não disputar a Copa de 1994. Parecia que o mundo ia acabar. Nossa condição agora é bem mais tranqüila. Mas temos de nos concentrar no jogo domingo."
O treinador voltou ontem a comentar sobre a blindagem da Seleção em relação aos políticos da capital federal. "Não vamos permitir que usem a seleção. Faremos isso em Brasília e faríamos em qualquer outra cidade do País. Estamos sempre atentos a isso. O nosso negócio é futebol e Copa."
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