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Rio – A seleção brasileira vai em busca do hexacampeonato com mais idade, mais sotaque "gringo’’, mais saúde, mais estrelas e menos polêmica. Carlos Alberto Parreira levará para a Alemanha uma equipe com média de 28,4 anos de idade, a mais velha (ou experiente) desde 1962, quando o time nacional teve média de 29,6 anos.

O técnico do tetra tenta repetir assim a fórmula que rendeu o bicampeonato mundial ao país no Mundial do Chile, usando boa parte da base que esteve na Copa anterior – dos 23 convocados ontem no Rio para a Copa da Alemanha, 11 estavam na campanha do pentacampeonato em 2002. Mesmo no time titular, permanecem jogadores muito rodados com a "amarelinha’’, como os laterais Cafu, 35 anos, e Roberto Carlos, 33 anos, ambos com mais de cem jogos disputados pela equipe nacional.

"Na Copa, são sete jogos em 30 dias. Existe um período razoável de descanso. Então, dá para fazer um trabalho de recuperação. Contamos com atletas experientes, mas, se houver necessidade de mudança, elas acontecerão’’, disse Parreira no anúncio oficial dos atletas convocados.

Além de idosa, a equipe que encabeça o Grupo F e que terá como adversários na primeira fase Croácia, Austrália e Japão, é a mais "estrangeira’’ da história.

Dos 23 "eleitos’’, apenas dois atuam no futebol nacional: o goleiro são-paulino Rogério Ceni e o meia corintiano Ricardinho. Os dois eram algumas das poucas dúvidas para a lista. Na lista final, 91% dos convocados atuam no futebol do exterior. Até a Copa de 1982, a seleção tinha 100% de força caseira. A partir daí, o número de gringos aumentou e, agora, bateu seu recorde.

"Cada vez mais os jogadores do Brasil saem para o futebol europeu com 15 ou 16 anos. É a realidade econômica do país. É cada vez mais difícil ter jogador convocado atuando no país’’, afirmou Parreira, que esteve acompanhado de Zagallo, coordenador técnico, e Américo Faria, supervisor, no anúncio dos convocados.

Essa equipe estrangeira é bastante calcada no Real Madrid, que cedeu quatro atletas. Pode se dizer que é a seleção brasileira mais galáctica da história. São cinco títulos de melhor jogador do mundo na lista nacional. Ronaldo, um dos galácticos do time de Madri, ganhou três vezes o prêmio da Fifa de melhor do planeta. Ronaldinho, do Barcelona, venceu as duas últimas eleições do nobre troféu.

"Deixamos vários bons jogadores de fora, mas, a partir deste momento, esses passam a ser considerados os melhores do Brasil’’, disse o técnico da seleção brasileira, a grande favorita ao título.

"A pressão é a mesma de 1994. Só que antes estávamos 24 anos sem ganhar uma Copa."

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