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Para Vicente del Bosque, Brasil não é uma equipe que se possa atacar a todo momento na partida | Felipe Trueba / EFE
Para Vicente del Bosque, Brasil não é uma equipe que se possa atacar a todo momento na partida| Foto: Felipe Trueba / EFE

Carlos Alberto Parreira, coordenador técnico da seleção brasileira, está doido para enfrentar a Espanha. Mas a Espanha está satisfeita por só ter a chance de enfrentar o Brasil na decisão da Copa das Confederações. Com a classificação dependendo de mera confirmação matemática e a definição da Itália como oponente na semifinal, após a derrota por 4 a 2 para o Brasil, a seleção espanhola demonstrou admiração pelos brasileiros, que agora podem enfrentar apenas na final.

"Vimos as outras duas partidas, pois nesta [com a Itália] estávamos treinando. Os números dizem tudo. Têm atacantes muito rápidos e perigosos, defesa forte, conseguiram uma boa classificação no grupo mais difícil. Vamos procurar alcançar a vitória [contra a Nigéria], ficar em primeiro e só encontrá-los mais à frente", disse, aliviado, o atacante David Villa, neste sábado (22), véspera do jogo contra a Nigéria, no Castelão, em Fortaleza.

O técnico Vicente Del Bosque também assistiu apenas aos jogos contra Japão e México. Por isso, disse estar impressionado com a defesa brasileira, que sem David Luiz teve dificuldade especialmente na bola aérea contra a Itália.

"É uma equipe muito forte na defesa, não dá muitas oportunidades ao adversário, combate muito bem. Eles têm talentos na frente, não é uma seleção que você possa ficar atacando o tempo inteiro", analisou o treinador.

14 anos sem jogo

Brasil e Espanha têm um retrospecto magro de confrontos. São oito, com quatro vitórias brasileiras e duas espanholas. O último duelo foi em 1999, em Vigo. Empate por 0 a 0 em um amistoso com a Seleção treinada por Candinho e Pep Guardiola no meio-campo da Fúria.

O esperado duelo na decisão da Copa das Confederações de 2009, na África do Sul, acabou adiado pela surpreendente eliminação espanhola pelos Estados Unidos, na semifinal. Além disso, a rivalidade de mercado entre os fornecedores de material esportivo das duas seleções (Nike no Brasil e Adidas na Espanha) inviabilizou o agendamento de amistosos nos últimos anos.

Para o jogo contra a Nigéria, Del Bosque continuará fazendo rodízio no gol. Casillas enfrentou o Uruguai, Valdés jogou contra o Taiti e Reina estará na pequena área contra os nigerianos. Na linha, volta o time titular que derrotou a Celeste: Arbeloa, Sergio Ramos, Piqué e Jordi Alba; Busquets, Xavi, Iniesta e Pedro; Fàbregas e Soldado.

Um simples empate assegura aos espanhóis o primeiro lugar. Mesmo que perca, a Espanha tem uma confortável gordura de dez gols de saldo, contra quatro dos nigerianos e zero dos uruguaios.

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