Espanhóis admitem favoritismo, mas pregam respeito para o jogo no Maracanã| Foto: Felipe Trueba/EFE

Um abismo técnico separa as seleções de Espanha e Taiti, que se enfrentam nesta quinta-feira (20), às 16 horas, no Rio de Janeiro, em partida pela segunda rodada do Grupo B da Copa das Confederações. Os badalados espanhóis, bicampeões europeus e atuais campeões mundiais, não deverão encontrar dificuldades para golear a equipe taitiana, formada por professores, pedreiros e estudantes.

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Diante de tamanho favoritismo, o técnico Vicente del Bosque deverá poupar vários titulares. Isso, no entanto, não deve facilitar em nada a tarefa do adversário. O banco de reservas espanhol é formado por estrelas como Fernando Torres, do Chelsea, David Villa, do Barcelona, e David Silva, do Manchester City.

"Os 23 que estão aqui [no Brasil] são jogadores muito bons, titulares em suas equipes. É uma oportunidade para que joguem os que não o fizeram na outra partida", comentou o treinador.

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Del Bosque também foi questionado sobre os protestos que têm movimentado o Brasil. "A Espanha passou por isso há algum tempo, são questões sociais. Neste momento, estamos representando o futebol [espanhol] em outro país e não devemos nos meter em assuntos internos da sociedade brasileira", ressaltou, evitando qualquer polêmica com os donos da casa.

Apesar da supremacia, os espanhóis querem evitar qualquer surpresa no Maracanã. "O Taiti vai fazer de tudo para nos incomodar. É uma partida importante, e precisamos respeitar o nosso adversário e evitar jogar já projetando uma vitória e o número de gols que poderemos marcar", analisou o atacante Pedro.

Ao Taiti resta mais uma vez o apoio da torcida brasileira e a esperança de marcar ao menos um gol, como ocorreu na goleada de 6 a 1 sofrida para a Nigéria na primeira rodada, em Belo Horizonte. "O gol do Jonathan [Tehau] foi inesperado e dá esperança, mas sabemos que não vamos aprontar uma surpresa para cima dos espanhóis", reconheceu o capitão Nicolas Vallar, um dos poucos taitianos a terem jogado profissionalmente na Europa.

Autor do gol histórico, o entregador de guloseimas Tehau admite que o esporte ainda tem um papel secundário em sua vida. "Procuro me esforçar todos os dias para garantir um espaço para o futebol, mas isso ainda é um lazer para mim, uma paixão. Jamais viria antes do meu trabalho", declarou.

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