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Helsinque, Finlândia (AE) – Pela manhã, as pessoas se viram livres das malhas e capas de chuva que usaram na segunda-feira. Fez sol e calor, com muito vento, é verdade, mas o público compareceu em massa. O Estádio Olímpico de Helsinque recebeu 33.500 pessoas, um recorde em preliminares, em 22 anos de Mundiais.

Mas à noite, uma tempestade interrompeu a programação do Mundial de Helsinque, Finlândia, incluindo a qualificação do salto triplo, a prova do paranaense Jadel Gregório. O triplista pegou o ônibus e voltou para a Vila dos Atletas, em Espoo, cidade vizinha a Helsinque.

Ficou adiada a estréia de Jadel na pista de saltos do mesmo estádio em que Adhemar Ferreira da Silva, há pouco mais de 50 anos, deu ao Brasil a primeira medalha de ouro olímpica no atletismo, na Olimpíada de 1952. Aos 25 anos, além da medalha, Adhemar bateu dois recordes mundiais, ao saltar sucessivamente 16,12 m e 16,22 m.

Ontem, Jadel teve de esperar na área de aquecimento até que os organizadores decidissem pelo adiamento da prova. A competição foi interrompida por quase duas horas. "O Jadel está tranqüilo. Fez um comentário com a mulher, Samra fisioterapeuta da equipe que a decisão sobre o adiamento ou não demorou muito até chegar aos atletas", comentou Martinho Nobre dos Santos, da Confederação Brasileira de Atletismo.

O técnico Elson Miranda não conseguiu entrar na área restrita. Mas acha que Jadel está na sua melhor fase como atleta. "Estou para dar suporte se ele precisar de algo, mas apenas constato que foi muito bem treinado pelos técnicos que teve e está preparado." Jadel está sem técnico desde junho.

No início, com chuva intermitente – aumentava e diminuía de um momento para o outro – os organizadores trataram a situação com bom humor – a música de Creedance, Clearwater Revial, Who’ll Stop the Rain? (Quem Vai Parar a Chuva?), convidava o público a esperar. Mas a chuva ficou forte, com trovões e muito vento. Parte do público foi embora e parte para debaixo das arquibancadas. Os delegados da competição entenderam que não seria possível prosseguir porque as condições climáticas estavam ameaçando a segurança de equipamentos de medição de tempos e marcas.

Nos 100 m com barreiras, a brasileira Maíla dos Santos, fez 13s21, e não se classificou. Brigitte Foster-Hyltonda Jamaica, e Venette Perry, dos EUA, fizeram 12s64, os melhores tempos da etapa, quando o programa de provas foi retomado.

Nos 200 m, o Brasil deu vexame. André Domingos, Basílio de Moraes e Bruno Pacheco não passaram da primeira eliminatória da prova.

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